O Arouca soma quatro jogos consecutivos sem ganhar, está mesmo sobre a linha de água (14º lugar), e tem este domingo uma ótima oportunidade para dar um pontapé na crise com a receção ao último classificado, P. Ferreira, que ainda por cima acaba de mudar de treinador. Se correr mal, Pedro Emanuel assume, todavia, que não sentirá o lugar em perigo.

«Como diz um reclame: há uma linha orientadora. E nós temos uma linha claramente orientadora para aquilo que pretendemos. As pessoas quando me contrataram sabiam aquilo que podiam esperar e aquilo que eu posso fazer. Agora, o caminho é de dificuldade, mas de superação e nós temos essa capacidade.»

«É preciso acreditarmos naquilo que podemos fazer, nunca nos desviando dessa linha. Estou cá nesse sentido e o meu lugar nunca estará sequer em discussão em função disso. Estamos a trabalhar para manter o Arouca muitos anos na I Liga. Não é tudo um mar de rosas, ainda para mais num campeonato extremamente competitivo», afirmou este sábado, no lançamento da partida.

«As pessoas têm de ter noção do que é a realidade de um clube como o Arouca, que se quer afirmar na Liga. Isso tem os seus custos, e sabemos que é muito difícil conquistar pontos na primeira Liga. Existe sempre a ilusão que tudo parece mais fácil quando ganhamos, mas a realidade é que vamos ter de lutar muito para conquistar pontos», reforçou, admitindo que a equipa não tem estado bem:


«Temos tido um pouco de oscilação em termos daquilo que é a abordagem em determinados encontros. Por isso, esta semana, fomos levados a demonstrar que, pelo trabalho desenvolvido e pela envolvência de todo o grupo, e não apenas os titulares, temos, de facto, capacidade de lutar contra todos os adversários.»

«Novo treinador no Paços pouco nos diz»

Da capital do móvel para Arouca já não virá Costinha, mas antes o experiente Henrique Calisto, chamado de emergência para tentar, mais uma vez, salvar a equipa pacense. Pedro Emanuel não quis abordar muito o assunto, preferindo concentrar-se na sua formação:

«Temos amanhã uma luta com um adversário direto, que teve alterações a nível técnico, mas mais importante que isso foi aquilo que a equipa me demonstrou ao longo da semana e da conversa que nós tivemos logo a seguir ao jogo em Olhão. Foi o primeiro indício que nós teremos uma prestação melhor, condizendo com aquilo que são as nossas capacidades e os nossos objetivos, a procura de pontos.»

«Esta semana tivemos virados para nós próprios, trabalhando naquilo que temos de melhorar e em aspetos em que somos fortes, pois queremos continuar cada vez mais fortes. A mudança de equipa técnica leva a um estímulo acrescido para os jogadores, mas isso a nós pouco nos diz. Diz-nos, sim, aquilo que nós podemos fazer, independentemente do Paços que vamos encontrar.»