A semana vai agitada no futebol inglês. Um investidor árabe comprou o Manchester City, Robinho e promete investimentos milionários. O West Ham andou às compras sem o treinador saber e por isso perdeu-o. O Newcastle parece incapaz de se entender com Keegan. Stuart Pearce é uma figura do futebol inglês e o seu nome tem sido referido nos media como estando de volta aos clubes.
A conferência de imprensa era sobre o jogo com o Portugal, mas os ingleses sabem o que significa exactamente essa expressão. Por isso Pearce submeteu-se a diversas perguntas sobre o estado do futebol inglês. Parou no peito e como antigo defesa de grande qualidade, chutou a bola para longe. Sem grande esforço.
Diz Pearce que está a gostar muito do seu trabalho. Falta a animação da semana? Talvez, mas o seleccionador inglês põe a sala a rir quando explica que às vezes vai aos clubes, olha para a cara dos colegas que lá trabalham e percebe como é bom o emprego que tem nesta altura.
Até ao Verão de 2009 estará por ali, na selecção de sub-21. «É um trabalho mal pago ( ri de novo...), mas estou a gostar muito». Até porque além do que faz na segunda equipa inglesa, dá uma ajuda a Capello. «Ele trabalha muito. Às vezes coloca-me perguntas, mas fico com a sensação de que só as faz para avaliar o que sei de futebol». Mais risos entre os jornalistas.
Mas também há problemas, claro. Pearce, como todos os seleccionadores, «gostava de ter pelo menos cinco dias para preparar cada jogo». Um luxo de que não dispõe. Responsável pela próxima geração, anda preocupado com o espaço que existe na Liga para os mais jovens. «Todos perceberam que há menos jogadores ingleses nesta competição do que em anos anteriores, mas o nosso trabalho é garantir que os treinamos bem e permitimos que evoluam».