O médio Milos Pavlovic está em êxtase com a transferência para o Vaslui. A rapidez com que o acordo foi atingido - algumas horas - demonstra bem como o jogador ficou convencido com os argumentos do clube romeno, que não usou apenas o poderio financeiro como chamariz.
«Estou muito feliz. O presidente [Adrian Porumboiu] é uma pessoa muito ambiciosa e quer que a equipa fique entre os cinco primeiros, para ir à Taça UEFA ou até à Liga dos Campeões. Vai fazer de tudo para o conseguirmos e está a construir uma boa equipa com esse objectivo. Além das condições que me ofereceram, pesou muito o lado desportivo. Estou bastante entusiasmado», explica o ex-subcapitão da Briosa ao Maisfutebol.
Pavlovic ainda não teve tempo de conhecer a nova realidade que o vai acolher nos próximos três anos e meio. Teve oportunidade de falar com o antigo colega Ousmane NDoye, que entretanto foi para o Dinamo de Bucareste, e ficou a saber que vai para uma «pequena cidade», que lhe permite ficar «mais perto de casa [Belgrado]». Mas há algo que o impressionou desde logo: «Sabia que no nosso estádio, ninguém paga bilhete? É verdade! O presidente faz tudo pelo futebol. Não é fácil encontrar alguém com esta coragem.»
Na hora do adeus - prefere um até já - , o sérvio não esquece «os dois anos e meio espectaculares» passados em Coimbra e lamenta o facto de «não ter tido a oportunidade » de se despedir dos adeptos. «Tenho muita pena de não poder agradecer pessoalmente aos sócios e à Mancha Negra por tudo. Cresci como jogador e homem na Académica. Cheguei a usar a braçadeira de capitão, tive sempre uma boa relação com todos e fiquei contente por o clube ter conseguido uma compensação, tendo em conta que estava já a terminar contrato. Coimbra será, para sempre, a minha segunda cidade», expressou, com emoção.
Nos próximos dias, já integrado no estágio da nova equipa em Melgaço, Pavlovic quer aprender romeno, o que, para quem já domina várias línguas, não será difícil: «Enquanto decorriam as negociações, percebi algumas palavras, devido à semelhança com o português. De qualquer forma, há quatro sérvios no plantel e, em jeito de brincadeira, até se diz que é a língua que se fala no balneário.»