A Académica perdeu na primeira jornada da Liga com o E. Amadora (1-0), uma derrota ainda mal digerida mas que os estudantes vão poder rectificar no próximo domingo, já que os amadorenses deslocam-se a Coimbra para discutir a passagem à próxima eliminatória da Taça de Portugal. Pavlovic é um desses jogadores ávidos por provar que o desaire na Reboleira foi apenas um acidente de percurso.
«Penso que não mostrámos a nossa verdadeira cara nesse encontro. Vamos fazer tudo para ganhar desta vez, pois queremos melhor em todos os aspectos e chegar o mais longe possível em todas as provas. Será a vingança? Sim, claro!», dispara, de pronto, o médio dos estudantes, que ambiciona uma vitória da sua equipa numa das Taças: «Vamos com calma, toda a gente quer ganhar, mas é preciso acreditar, ser optimista, como eu sempre sou. Isto, claro, com todo o respeito pelos adversários.»
O facto de o plantel do Estrela estar a passar por graves problemas, devido aos salários em atraso, não é visto pelo jogador como uma factor capaz de facilitar a vida à Briosa: «É complicado. Até pode ajudá-los a unirem-se mais. Eu nunca penso no adversário, se vai jogar A ou B, se têm problemas financeiros. É um problema deles. A nós resta-nos fazer tudo para ganhar.»
A forma desprendida como fala sobre a situação dos amadorenses não significa que o sérvio não tenha uma opinião crítica sobre estes casos: «É mau para o futebol. Os clubes deveriam ser mais organizados e as entidades que gerem a modalidade deviam intervir. Devia ser como em Inglaterra ou noutros países, em que toda a gente tem de mostrar que tem condições financeiras para competir. Senão, não vale a pena. Quem sofre são os jogadores. O presidente e outros responsáveis sabem a situação do clube, por isso deveriam ser mais organizados. Os jogadores fazem a sua parte, são profissionais, e depois são os principais prejudicados.»
Renovação: «Estou aberto a negociações»
A Académica e Pavlovic ainda não discutiram a renovação do contrato do jogador, que termina no final desta época. Ao contrário dos casos de Lito e Nuno Piloto, que já admitiram conversações, o sérvio deixa transparecer alguma distância até um eventual acordo, mas está aberto a propostas, pois admite sentir-se bem em Coimbra e disponível para continuar.
«É verdade, ainda não tive qualquer conversa concreta com a direcção. O meu empresário está a tratar da situação. Isto não depende só de mim, depende de muitas coisas. Estou aberto a negociações. Sinto-me bem aqui, mas a base para qualquer entendimento é que ambas as partes têm de estar de acordo. Vamos ver», desvenda o camisola 23 dos estudantes, um dos atletas mais utilizados do plantel, que raramente não é titular.
O primeiro jogador da Académica em final de contrato a renovar foi Licá, que passou a estar vinculado até 2012 desde a última semana, depois de ter regressado de um estágio de observação dos Sub-21.
No plano da preparação para o jogo com o E. Amadora, para a Taça de Portugal, no próximo domingo, destaque para o regresso aos trabalhos sem limitações de Orlando, depois de uma semana de ausência na sequência de um estiramento na face anterior da coxa esquerda. Miguel Pedro e Nuno Piloto fizeram treino condicionado mas só o primeiro deverá estar apto para o encontro do fim-de-semana.