Dez anos depois, Paulo Lopes está de regresso ao Benfica. Apesar de estar prestes a completar 34 anos, o guarda-redes transmontano foi visto pelos responsáveis encarnados como a solução ideal para substituir Eduardo, que estava cedido pelo Génova, e curiosamente também nasceu em Mirandela.

Para além do valor reconhecido a Paulo Lopes, que nas últimas três épocas representou o Feirense, a SAD benfiquista teve em conta também os condicionalismos impostos pelos regulamentos, e nesse sentido até ganharam maior margem de manobra, tendo em conta que Paulo Lopes foi formado no clube (jogou de águia ao peito dos 15 aos 24 anos, com empréstimos a Barreirense e Gil Vicente pelo meio).

Na Liga é exigida apenas a inclusão no plantel de oito jogadores formados localmente (três inscrições na Federação Portuguesa de Futebol entre os 15 e os 21 anos). Na Taça da Liga é ainda obrigatório que pelo menos dois destes jogadores formados no país sejam titulares e fiquem em campo no mínimo 45 minutos, salvo impedimento de força maior. Na última época o Benfica contou sobretudo com Eduardo e Nélson Oliveira para preencher este requisito, com a final a servir de exemplo.

A contratação de Paulo Lopes contribui, sobretudo, para cumprir uma exigência europeia. Qualificado para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o Benfica pode inscrever até 25 jogadores na lista A, sendo que oito deles têm de ser formados localmente, e por sua vez quatro destes têm de ser formados no clube. É este último requisito que o Benfica tem sentido dificuldade em preencher, mas a contratação de Paulo Lopes oferece outra margem de manobra para distribuir as vagas pelos vários jogadores estrangeiros do plantel.

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