Paulo Duarte, seleccionador português do Burkina Faso, não está satisfeito com as condições que a sua equipa tem à sua disposição para a participação na Taça das Nações Africanas (CAN), que arranca já este sábado.

Para o técnico luso, Costa do Marfim e Angola, adversários no grupo B da competição, partem em vantagem pela diferença nas condições que têm ao seu dispor. O Burkina Faso está alojado em Malabo, capital da Guiné Equatorial que, em conjunto com o Gabão, organiza a prova.

«Eles são protegidos, as condições não são iguais para todos», queixou-se Paulo Duarte, em declarações à Agência AFP.

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«Algumas equipas estão a 10, 15 minutos do centro de treinos, nós temos de andar uma hora por uma estrada sinuosa. Em Malabo deram-nos um restaurante/bar para dormir, não era mesmo um hotel. Não tínhamos uma sala para vídeos, nem para conferências. É tudo feito de improviso. Isto é a Can...», lamentou.

Os «portugueses» na prova

Hicham El Amrani, secretário-geral da Confederação Africana de Futebol, diz que a Federação do Burkina Faso rejeitou a proposta inicial de hospedagem. «O hotel do Burkina Faso ficava a um ou dois quilómetros do centro de treinos. Se tivessem ficado no hotel que lhes foi atribuído, estavam mais perto», afirmou o dirigente, respondendo às críticas.