Paulo Bento considera que a dependência do Sporting dos golos de Liedson não pode ser um problema. O treinador recordou que no início da temporada o problema era a falta de golo do levezinho, portanto o contrário, para o treinador, não deve ser visto como um entrave. O técnico recordou ainda que o Sporting, em jogos oficiais, só não marcou no primeiro jogo com o Twente. A diferença, agora, está, acima de tudo, no maior acerto defensivo.
«Temos de separar as situações. O rendimento do Liedson não deixa dúvidas a ninguém desde que está no Sporting. O Sporting até esta altura, em nove jogos oficiais, só não fez golos no primeiro jogo frente ao Twente. Em todos os outros jogos fizemos golos. Se não tivéssemos sofrido em alguns deles já tínhamos alcançados outros objectivos, quer na Champions, quer na Liga», destacou.
O treinador considera que Liedsson não pode estar constantemente a ser pressionado, quer por não marcar, como por ser o único a marcar. «Estávamos numa fase em que toda a gente estava a falar que o Liedson não fazia golos. Havia uma grande presssão sobre o jogador. Agora está toda a gente preocupada porque só o Liedson é que faz golos. É verdade que nos últimos três jogos marcou, mas já tínhamos marcado noutros jogos. Se tivéssemos a mesma consistência defensiva que tivemos contra o Paços, não tínhamos este problema. Não pode é ser um problema quando não marca e quando marca, senão temos sempre um problema», acrescentou.
Anderson Polga, ao contrário de Liedson, não passa por um bom momento, como se pode notar no segundo golo do Heerenveen. Tonel, frente ao Paços, mostrou que podia ser uma boa alternativa, mas o treinador mantém total confiança no brasileiro. «É possível que jogue. É verdade que o Tonel fez um bom jogo frente ao Paços. Já não é verdade que o Polga tenha um rendimento que não seja positivo. Mas isso é a minha opinião», comentou.
Angulo também deverá ter a oportunidade de somar mais alguns minutos, depois de ter passado a segunda opção na Holanda depois da estreia a titular frente ao Paços. «Vamos ver. É um processo evolutivo. Apesar de toda a maturidade que tem, as coisas não se conseguem de um momento para o outro. No Sporting exerce-se uma carga muito grande sobre os jogadores que chegam, até porque são poucos. Temos exemplos por esta liga fora de jogadores que, sendo reforços que não são incluídos nos jogos, nem nas convocatórias, são encarados como processos normais. O que se passou com Angulo também é normal», referiu.