Paulo Bento, selecionador de Portugal, depois da vitória de Portugal sobre a Suécia (3-2), em Solna, no jogo da segunda mão do play-off de qualificação para o Mundial-2014:

[Sobre a exibição de Cristiano Ronaldo]
- Um jogador que faz um hat-trick num jogo desta dimensão, tem um efeito naquilo que é o resultado final. De qualquer forma, penso que até ao 1-0 não tivemos grandes problemas. Na primeira parte controlámos bem o jogo. Para qualquer treinador é um prazer ter um jogador com estas qualidades. Os portugueses devem estar orgulhoso deste jogador que têm, o melhor do mundo, e de uma seleção que também é motivo de orgulho.

[Sobre o jogo]
- Nos primeiros 45 minutos, estivemos até aos trinta preocupados em conservar a vantagem, não conseguimos o que pretendíamos em termos ofensivos, em ternos de agressividade. Depois melhorámos ofensivamente. Defensivamente tivemos o jogo bem controlado. Na segunda parte, apesar da defesa do Rui no início da segunda parte, fomos mais incisivos, mais acutilantes. Fizemos o 1-0 e depois passámos por grandes dificuldades quando estivemos a perder por 1-2. Demonstramos nos segundos 45 minutos que jogamos melhor quando estamos mais pressionados do que quando estamos mais cómodos. Penso que foi uma vitória inteiramente justa. Até ao 1-0 tínhamos o jogo controlado defensivamente. A verdade é que depois do 1-0, em situações de bola parada, a Suécia virou o jogo. Depois chegou o 2-2 e as coisas voltaram a ficar mais tranquilas e o 3-2 acabou por resolver o jogo. Merecemos pelo que fizemos nos dois jogos. Agora temos de desfrutar e felicitar os jogadores que estiveram envolvidos neste jogo e todos os que estiveram envolvidos neste processo.

[A estratégia de não sofrer golos na Luz acabou por ser decisiva? E o facto de não ter jogado esta noite para o empate?]
- Não o fizemos, é verdade que muito da estratégia passava por não sofrer golos no primeiro jogo. Hoje, nos primeiros minutos, não fomos tão fortes como podíamos ter sido, apesar de termos criado mais oportunidades. Há que entender que os jogadores estão sob uma pressão muito grande. Desde 2000 que não se falha, esta geração esteve sempre presente, os portugueses devem estar orgulhosos com esta seleção.

[Fábio Coentrão saiu depois do golo. Porque não saiu ao intervalo?]
- Não me apetece tocar em nenhum assunto que me tire a a alegria do momento,. O Antunes deu uma resposta extraordinária num contexto dificílimo. Não era fácil entrar no ritmo em que estávamos para um jogador que não tem jogado muito. Já o tinha feito com o Luxemburgo e Israel. Não fiz a substituição ao intervalo porque o Fábio estava em condições de entrar.

[Ganhou a melhor seleção?]
- Ganhou a seleção que foi melhor no computo geral dos dois jogos. É uma equipa que tem qualidade. Ganhou, do meu ponto de vista, a equipa que foi melhor no jogo coletivo nos dois jogos e que tem melhores individualidades do que o adversário. Não devemos deixar de reconhecer que do outro lado está uma equipa com o seu estilo, com as suas qualidades que nos obrigou a um esforço físico e mental nesta eliminatória.

[Como é que Portugal permitiu a reviravolta depois de ter ganho vantagem e como é que depois teve cabeça para voltar a dar a volta ao resultado?]
- Os golos da Suécia, , principalmente o primeiro, foram contra a corrente do jogo. Mas um golo neste contexto, para Suécia, que já tinha demonstrado que sabia reagir às adversidades, foi muito importante. Com o segundo eles ficaram a um golo do Brasil. Mas, mais uma vez, quando nos sentimos pressionados, os jogadores deram uma grande resposta.