O selecionador nacional, Paulo Bento, em declarações após a vitória sobre o Luxemburgo, por 2-1, no primeiro confronto de Portugal para a qualificação do Mundial 2014:
«Há coisas que nos estão no sangue, são nossas e demoram anos e anos a mudar. Muitas vezes não conseguimos mudar. Há coisas muito boas que temos, mas também há outras negativas que tentamos inverter, mesmo que nalguns períodos não o consigamos. Não estou desiludido nem dececionado, mas estou apreensivo para aquilo que queremos apresentar na terça-feira.Temos a obrigação de dar algo mais do que aquilo que demos hoje. Não falo apenas do resultado, que é bom. Mas temos de encarar os momentos do jogo de maneira diferente dos primeiros 15 minutos e depois de estarmos a ganhar não controlámos tão bem como devíamos.»
«Quando não se mata um jogo, com as oportunidades que se tem, e por não se ser tão seguro e mais intenso na reação da perda da bola, é evidente que num momento ou outro pode acontecer um golo do adversário. Mas não houve nenhuma oportunidade clara [do adversário]. Nesse aspeto fomos muito superiores e acabámos por ganhar. É o que fica. Também fica a boa reação aos 15 minutos iniciais e o criar situações de finalização, mas fica também esse momento de aprendizagem.»
«Não me parece que tínhamos um aumento de responsabilidade para este jogo. Essa era enorme como em qualquer jogo em que a seleção entra, pelo prestígio e presenças que tem tido nas fases finais. Não vejo um problema de atitude, de querer, vejo como um problema de concentração. Quando assim é, uma das coisas a fazer é assumir responsabilidades e em primeiro lugar tenho-a eu, porque não passei a mensagem como poderia e deveria.»
«Não gosto de individualizar, o mais importante é pensar até terça-feira o que podemos melhorar sobre ponto de vista coletivo. Num jogo como este, em que não estivemos bem coletivamente, apesar de nos 90 minutos ter havido bons momentos, não me parece que haja necessidade de individualizar. Interessa ficar com o resultado e não esquecer o que podemos melhorar.»
«O Luxemburgo jogou dentro do que perspetivávamos em termos táticos, com níveis de concentração elevados, por defrontarem uma seleção como a nossa. Nesses primeiros 15 minutos, em agressividade foram mais do que nós. Basta ver uma diferença: a forma como sofremos o primeiro golo e a forma como marcámos o nosso. Nesse pormenor, que tem a ver coma agressividade com que se joga, há uma diferença enorme.»