Pode ser uma solução, é verdade, embora neste momento seja apenas uma sugestão do Maisfutebol. Para se ser sincero é uma sugestão pouco original. É uma cópia, confessamos que é uma cópia. Mas aqui fica na mesma. O exemplo vem de Itália, do Inter Milão. No jogo da passada jornada, com a Roma, os nerazzurri ganharam um livre à entrada da área, mesmo ao jeito de um pé esquerdo.
O problema é que no plantel de Mancini há dois óptimos pés esquerdos, Adriano e Mihajlovic. E, azar dos azares, ambos queria bater aquela falta. A solução encontrada pelos jogadores foi regressar aos tempos de miúdos. Papel, tesoura ou pedra, o conhecido jogo de sorte e azar ao jeito do mais português par ou ímpar, foi a solução encontrada numa breve troca de palavras entre eles.
Perante alguns milhares de espectadores, os dois esconderam as mãos atrás das costas e depois do «um, dois, três» da praxe avançaram com a fé toda num gesto de mímica. Ganhou Adriano e bateu ele o livre. Por acaso até falhou, mas não houve problema, ninguém ficou chateado. Afinal apenas fizeram o que a sorte mandou. Mihajlovic marcou depois dois outros livres e em ambos fez golo. «Teria provavelmente feito três golos se tivesse tido mais sorte contra o Adriano». Não teve, azar. «Parece que sou mais sortudo ao amor».
Quem não gostou nada da brincadeira foi o treinador Roberto Mancini. «Não me parece que papel, tesoura ou pedra seja a melhor forma de decidir quem marca um livre», disse. «A partir de agora os rapazes já sabem que deve marcar a falta quem se sentir com mais confiança». Um chato, este Mancini. Com pouca visão. Então e se os dois se encontrarem com confiança? O que interessa mesmo é que Adriano e Mihajlovic encontraram a fórmula para evitar muitos amuos. De Liedson, por exemplo. Basta que Sá Pinto seja um bocadinho mais democrático.