A atual geração neerlandesa passou por uma série de momentos complicados, não foi ao Mundial em 2018, foi eliminada nos oitavos de final do Euro 2020 pela seleção checa e foi eliminada no Mundial de 2022 nos quartos de final, pela Argentina nos penáltis. Na fase de apuramento terminou em segundo lugar do grupo, atrás da França, com a qual perdeu os dois jogos.

O sistema mais utilizado ofensivamente é o 4x3x3, mas, em situações mais avançadas do terreno, transforma-se num 3-4-3.

Momento Ofensivo

No pontapé de baliza, a equipa neerlandesa opta por uma construção a quatro, independentemente de jogar com uma linha de cinco defesas (nesta situação o central do lado esquerdo constrói como se fosse um lateral) ou uma linha de quatro defesas. O objetivo da sua construção é atrair a pressão do adversário o mais possível, tendo sempre como prioridade a saída e ligação pelo corredor central através dos médios. A ligação, também, poderá ser feita diretamente para avançado ou médio ofensivo nas costas dos médios adversários, através de passe interior rasteiro ou pelo ar. Desta forma, a equipa holandesa ultrapassa várias linhas de pressão/defensivas de uma vez só.

O posicionamento na saída de baliza / primeira fase de construção

Numa zona mais avançada do terreno, a circulação é sempre feita pelos três defesas mais recuados, com o lateral a dar largura do lado direito e o extremo do lado oposto. Nesta fase, também os dois médios dão apoio à circulação e servem como ligação, sendo que a prioridade é atrair os médios adversários através de uma circulação rápida, para ser possível a progressão e ligação com os médios ofensivos. Estes últimos procuram os espaços entre linha defensiva e linha intermédia nas costas dos médios. No último terço ofensivo, a equipa tenta empurrar o adversário o mais possível para junto da sua área, através de circulação e variação de um corredor ao outro, como forma de atrair para depois acelerar.

Médios posicionados em zonas favoráveis para ligação e aceleração entrelinhas

Momento Defensivo

No momento de pontapé de baliza, os Países Baixos impõem uma forte pressão alta e com marcações individuais, iniciando-se com o avançado a saltar ao defesa central com bola. A equipa, através da pressão, tenta guiar o adversário para fora, onde estará pronto para pressionar individualmente: dessa forma obriga-o a jogar longo na frente, onde os Países Baixos e possuem jogadores muito fortes nos duelos defensivos, principalmente aéreos.

Pressão alta no pontapé de baliza adversário, com a equipa a conduzir o adversário para o corredor

Em bloco médio, a equipa estrutura-se num 4x1x4x1 com especial atenção para a proteção do corredor central com os médios sempre a equilibrar, concedendo poucos espaços entre si e a linha defensiva. O avançado e os extremos são sempre muito pró-ativos a saltar e a pressionar os adversários, obrigando muitas vezes a que executem passes laterais e para trás, permitindo a que a sua equipa suba no terreno.

Bloco médio organizado em 4-1-4-1, de forma passiva e a aumentar a intensidade quando a bola entra em corredor lateral

Jogador Destaque:

Depay tem sido, de longe, o jogador do futebol neelandês mais falado nos últimos anos. Desde o início da carreira que se destaca pelas características de «futebol de rua», intuitivas e criativas, sendo um desequilibrador através da sua capacidade técnica e de enfrentar adversários em situações de 1x1, bem como na zona de decisão, onde se destaca a sua excelente técnica e perícia de remate.

Jogador Promessa:

Xavi Simons. Prodígio em La Masia, Xavi Simons encantou os estádios alemães esta temporada, participando em 43 jogos e marcou 10 golos. É um jogador de drible, ostentando um ritmo explosivo e mudando de direção rapidamente, o que lhe permite escapar e passar pelos seus adversários.