O avançado brasileiro Welthon, do Paços Ferreira, assumiu o objetivo de marcar quinze golos na I Liga e defendeu que a equipa «pode chegar bem longe» no campeonato. Em declarações à agência Lusa, o jogador, de 24 anos, revelou que já anotou até ao momento doze golos, três no campeonato, a somar a mais três assistências, seis nos jogos de pré-temporada e mais três nos particulares entretanto realizados, reconhecendo ser um bom pronúncio para o objetivo a que se propôs para a Liga.

«Procuro sempre colocar metas e, sobretudo, a melhor forma de finalizar e fazer golo, e a verdade é que já marquei com os dois pés, de cabeça e em bolas paradas, aproveitando o remate forte de pé esquerdo. Tenho como meta fazer quinze golos no campeonato e, trabalhando, sinceramente, acho que dá para chegar lá», disse.

De regresso a Portugal após uma má experiência no Sporting de Braga B, em 2013/14, da qual prefere dizer que «são águas passadas», Welthon disse ainda estar «muito satisfeito» e «jamais arrependido» por ter optado pelo Paços de Ferreira, clube no qual é titular e o quarto jogador mais utilizado no campeonato (588 minutos).

«Tirando o frio, a adaptação foi fácil e o clube dá todo o suporte para trabalhar. Quero estabilizar e há três anos também não tinha a cabeça que tenho hoje. Estou focado na equipa e acredito que podemos chegar muito longe», afirmou Welthon, que tem em Cristiano Ronaldo o «melhor exemplo» de «um avançado completo».

Desafiado a concretizar essa ideia, o avançado brasileiro argumentou com «a juventude e qualidade da equipa» e uma ideia de jogo que tem sido trabalhada e que «dá liberdade aos jogadores, sem fugir à organização».

«Apesar de haver jogos que nem sempre correm bem, como em Tondela [derrota por 2-1, a 30 de setembro, contra dez jogadores], o clube está no caminho certo. O mister dá-nos liberdade nos jogos e esse divertimento com responsabilidade leva-me a dizer que podemos chegar muito longe. Há um objetivo só nosso de ir atrás da Liga Europa», afirmou.

Welthon elegeu o jogo em Setúbal, da quinta jornada do campeonato, como «um bom exemplo» dessa filosofia de jogo, destacando a influência que a «alegria da bola no pé» e «a atitude da equipa» tiveram no desfecho final (vitória por 4-1).

Neste processo coletivo, Welthon diz colaborar com «trabalho, dedicação, tranquilidade e espírito guerreiro», sem dar grande importância ao facto de jogar sozinho ou acompanhado no ataque do Paços. «Na formação, comecei a 10, tinha mais bola e jogava mais de frente, mas hoje já não acho que seja o melhor para mim, pois as minhas características já estão ajustadas ao lugar de avançado», referiu ainda o avançado que, para já, está concentrado em ajudar a equipa, no próximo sábado, na eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Desportivo das Aves.