O Sp. Braga está provisoriamente no quarto lugar da Liga, depois de ter vencido esta sexta-feira no reduto do Paços de Ferreira. Os bracarenses mostraram-se pragmáticos e levaram a melhor sobre um Paços de Ferreira pouco perigoso, tendo em conta aquilo que já foi tradição na Mata Real. Nem mesmo a superioridade numérica dos últimos 25 minutos deu à equipa da casa a capacidade para colocar em causa o triunfo alheio.
As duas equipas entraram no recinto com esquemas idênticos muito semelhantes. Tanto José Mota como Manuel Machado apresentaram três «pivots» no meio-campo, no apoio a uma frente de ataque com o mesmo número de elementos (dois mais móveis e um mais fixo).
O primeiro tempo ficou marcado por algum equilíbrio, mas ainda assim foi a formação visitante que revelou maior ascendente, muito por culpa do seu flanco direito. João Pereira aproveitou a falta de opositor directo (Wesley flectia para o meio) e esteve bastante ofensivo, contando ainda com a ajuda de Frechaut.
Foi deste flanco que surgiu a primeira oportunidade de golo, logo aos oito minutos. Ferreira interceptou mal um cruzamento de Vandinho e deixou a bola nos pés de Wender, que permitiu a defesa de Peçanha.
A equipa «arsenalista» estava mais estendida em campo e circulava melhor a bola, acabando por conseguir inaugurar o marcador aos 34 minutos. Frechaut fez um passe a rasgar a defesa pacense e encontrou Wender na área. O extremo, perante a saída de Peçanha, tocou para o lado e ofereceu a Linz o tento inaugural.
A falta de poder de fogo abriu caminho ao perdão de Vandinho
Para a segunda parte esperava-se um Paços de Ferreira mais perigoso, mas a equipa visitada confirmou uma falta de poder de fogo que já tinha evidenciado no primeiro tempo.
Perante isto acabou por ser o Sporting de Braga a aumentar a vantagem, quando estavam decorridos 59 minutos. Roberto Brum fez uma grande abertura para Wender e este assistiu de primeira Vandinho, que fuzilou Peçanha.
Cinco minutos os visitantes ficaram reduzidos a dez elementos, quando o capitão Paulo Jorge viu o segundo cartão amarelo, mas o Paços de Ferreira mostrou-se incapaz de colocar em causa o triunfo «arsenalista».
José Mota abdicou de um central (Kiko), para a entrada de Fernando Pilar (antes já Cristiano tinha rendido Filipe Anunciação), mas Manuel Machado respondeu com a entrada de Anilton Júnior, que foi fazer dupla com Rodriguez. O Sp. Braga manteve o equilíbrio e geriu a vantagem, assegurando os três pontos.