Prova de vida em Paços de Ferreira. Exigências cumpridas no resgate ao último lugar da tabela. Três pontos assegurados numa ação de um herói improvável e desconhecido: Fernando Neto. Ignorado por Costinha, o menino ex-Fluminense fulminou o Belenenses num chapéu mortífero sobre Matt Jones.

Os dados no mapa de jogo eram, à partida, desfavoráveis ao Paços. Basta dizer que Henrique Calisto se serviu de Rúben Ribeiro, toda a vida lateral ou médio, para preencher o lugar de ponta-de-lança.

Para superar a evidente adversidade e escassez de opções atacantes, o técnico ordenou o recuo das linhas, a entrega do armamento pesado ao oponente e a aposta na tática de guerrilha. O Paços escondido, entrincheirado em locais-surpresa e a apostar em ofensivas heroicas.

FICHA DE JOGO E NOTAS

Não era fácil levar a bom termo este projeto. Um jogo de futebol é feito de muitas variáveis e só um Belenenses frágil, distraído ou errático poderia colaborar com as convicções quase fundamentalistas de Calisto.

Isso sucedeu apenas e só numa jogada. E foi suficiente. Duarte Machado, pressionado, cometeu um erro invulgar ao atrasar de cabeça para uma zona proibida. Fernando Neto, rápido e mortal, reagiu mais depressa do que todos os outros e fechou as contas ainda a meio do primeiro tempo. 

O choque abalou a estrutura belenense, até aí solid as a rock. Só no segundo tempo, as Torres do Restelo [Diawara e Diakité] chegaram a assustar António Filipe, cada uma num cabeceamento perigoso. Mais tarde, já na fase de desespero, Sturgeon fez o mesmo, com a bola a morrer no amparo das luvas.

FICHA DE JOGO E NOTAS

A vencer e a gerir, o Paços abandonou a pose de guerrilheiro e vestiu uma roupagem de infatigável diplomata. Muita água na fervura, muito gelo na aragem bélica e muita paciência a garantir um clima de concórdia e harmonia no marcador final.

Sem ser genial, o Paços foi consistente e consciente das atuais limitações. Por estes dias, na Mata Real, o que realmente interessa é concluir as obras da nova bancada e juntar pontos suficientes para aproveitá-la no contexto certo.

Henrique Calisto venceu pela primeira vez para a Liga e recolou o seu Paços ao pelotão dos aflitos. As maiores lutas estão por começar.




Prova de vida em Paços de Ferreira. Exigências cumpridas no resgate ao último lugar da tabela. Três pontos assegurados numa ação de um herói improvável e desconhecido: Fernando Neto. Ignorado por Costinha, o menino ex-Fluminense fulminou o Belenenses num chapéu mortífero sobre Matt Jones.

Os dados no mapa de jogo eram, à partida, desfavoráveis ao Paços. Basta dizer que Henrique Calisto se serviu de Rúben Ribeiro, toda a vida lateral ou médio, para preencher o lugar de ponta-de-lança.

Para superar a evidente adversidade e escassez de opções atacantes, o técnico ordenou o recuo das linhas, a entrega do armamento pesado ao oponente e a aposta na tática de guerrilha. O Paços escondido, entrincheirado em locais-surpresa e a apostar em ofensivas heroicas.

FICHA DE JOGO E NOTAS

Não era fácil levar a bom termo este projeto. Um jogo de futebol é feito de muitas variáveis e só um Belenenses frágil, distraído ou errático poderia colaborar com as convicções quase fundamentalistas de Calisto.

Isso sucedeu apenas e só numa jogada. E foi suficiente. Duarte Machado, pressionado, cometeu um erro invulgar ao atrasar de cabeça para uma zona proibida. Fernando Neto, rápido e mortal, reagiu mais depressa do que todos os outros e fechou as contas ainda a meio do primeiro tempo. 

O choque abalou a estrutura belenense, até aí solid as a rock. Só no segundo tempo, as Torres do Restelo [Diawara e Diakité] chegaram a assustar António Filipe, cada uma num cabeceamento perigoso. Mais tarde, já na fase de desespero, Sturgeon fez o mesmo, com a bola a morrer no amparo das luvas.

FICHA DE JOGO E NOTAS

A vencer e a gerir, o Paços abandonou a pose de guerrilheiro e vestiu uma roupagem de infatigável diplomata. Muita água na fervura, muito gelo na aragem bélica e muita paciência a garantir um clima de concórdia e harmonia no marcador final.

Sem ser genial, o Paços foi consistente e consciente das atuais limitações. Por estes dias, na Mata Real, o que realmente interessa é concluir as obras da nova bancada e juntar pontos suficientes para aproveitá-la no contexto certo.

Henrique Calisto venceu pela primeira vez para a Liga e recolou o seu Paços ao pelotão dos aflitos. As maiores lutas estão por começar.