Um dos jogadores que mais privou com Orlando Sá nos tempos do Sp. Braga foi Castanheira. O esquerdino, actualmente no D. Chaves, recorda ao Maisfutebol um rapaz «muito brincalhão e extremamente extrovertido». «Essa é a principal imagem que guardo dele, enquanto colega de equipa. Toda a gente no plantel do Sp. Braga gostava muito dele precisamente pela sua forma de ser. Com ele estava sempre tudo bem.»

Castanheira também privou com Jesualdo Ferreira e considera que o ponta-de-lança não podia ter mais sorte com o técnico que encontrou. «Se há pessoa que consegue fazer evoluir um atleta, essa pessoa é o professor Jesualdo. Tenho a certeza de que o F.C. Porto saberá aproveitar a enorme potencialidade do Orlando», considera o ex-jogador do Sp. Braga e do Leixões.
Orlando Sá: promessas adiadas por sete meses de sofrimento
Para Castanheira, de resto, Orlando é um jogador «raro» no panorama futebolístico nacional. «Tem um poder físico impressionante. Não se pode exigir que ele resolva todos os problemas do F.C. Porto, mas não há dúvida que pode acrescentar muito ao ataque do clube. É rápido, forte e possui uma impulsão fantástica. Tecnicamente não é muito evoluído, mas sabe bem o que faz com a bola», sentencia.
«No ar só o João Tomás é tão bom»
Dinis Rodrigues é um dos principais confidentes de Orlando Sá. Foi treinador do ponta-de-lança no Maria da Fonte e fala ao Maisfutebol sobre um jovem «com sede de protagonismo».
«Ele chegou com muitos golos marcados pelos juniores do Sp. Braga e queria ter tudo demasiado depressa. Conversámos muito, fiz-lhe ver como eram as coisas e ele aceitou todos os meus conselhos. Está a ser recompensado pela postura correctíssima que adoptou.»
No Maria da Fonte, Orlando Sá apontou seis golos mas, mais importante do que isso, aprendeu a trabalhar em condições desfavoráveis. «Cresceu muito e construiu um percurso óptimo. Sei o que ele vale e pode acrescentar muito ao ataque do F.C. Porto, principalmente pelo jogo de cabeça poderoso que possui», considera Dinis Rodrigues, que compara Orlando Sá com João Tomás.
«Em Portugal é o único que executa tão bem os lances aéreos como o Orlando.»