Mesmo a muitos quilómetros de distância, Orlando Sá não esquece o campeonato português. «Todos os jogadores que estão fora acompanham a nossa Liga», assegura. Na conversa com o Maisfutebol, o avançado do AEL Limassol, do Chipre, avaliou, também, este início de Liga, onde parece existir uma batalha com mais protagonistas do que nos últimos tempos.

«O Sporting está a voltar a ser o que era, a competir pelo título ao lado de F.C. Porto e Benfica. E penso que o Sp. Braga também tem equipa e treinador para estar nessa luta», começa por dizer.

Sobre os dois principais candidatos, Orlando Sá não hesita em sublinhar a qualidade do plantel de ambos. «É difícil escolher um favorito», assume.

«O que tem feito a diferença nestes anos é a maior regularidade de vitórias do F.C. Porto. O Benfica tem facilitado nos momentos decisivos. A diferença está aí», defende.

Questionado sobre as suas preferências para o vencedor final, Orlando Sá prefere não opinar. Afinal de contas, jogou no F.C. Porto, foi formado no Sp. Braga e treinado por Jorge Jesus, que está no Benfica.

Ainda assim, tem um desejo que não esconde. E explica-o, até.

«Gostava de ver o Sp. Braga na luta pelo título. É um clube que representa muito para mim, foi onde me formei como jogador e como homem. O presidente e os adeptos merecem uma alegria. E também penso que era bom para o campeonato português», acrescenta.

Sobre a passagem pelo F.C. Porto, onde acabou por ficar na sombra de Radamel Falcao e Ernesto Farías, Orlando Sá defende que «não aconteceu» cedo de mais na carreira. «Foi na altura que tinha de ser. Foi o que se proporcionou», explica.

«Estava num excelente momento no Braga, tinha sido chamado à seleção e depois veio aquela lesão grave no joelho antes de ir para o Porto. Isso condicionou muito a minha passagem por lá», lamenta.

E mesmo garantindo que não veio cedo de mais a oportunidade no F.C. Porto, reconhece que, hoje em dia poderia ser bem diferente. Teria outra chama para a agarrar.

«Se fosse hoje, com os índices físicos que tenho e com o que mudei na minha mentalidade, as coisas tinham sido diferentes», completa.