Orlando Duarte, treinador de futsal do Sporting, defende que a diferença que permitiu aos leões baterem o Benfica, nos três jogos do «play-off», esteve essencialmente na organização. Uma final épica muito comemorada pelo treinador: «Isto já não é paixão, é doença!».

«Foram os três jogos difíceis. São duas grandes equipas. O Benfica tem jogadores muito bons. Mas nesta equipa toda a gente joga em duas posições. Todos dependem de todos. A grande diferença está na nossa grande organização. Não quero ofender ninguém, mas fomos muito mais organizados do que o nosso adversário e eles sabem disso», contou Orlando Duarte, ainda com o cabelo embebido em champanhe, no final do decisivo terceiro jogo que permitiu ao clube de Alvalade fazer a festa no Pavilhão Paz e Amizade.

Um título que os leões juntam à Supertaça e à Taça de Portugal. Para a temporada ser perfeita, só faltou o título europeu que o Sporting perdeu, na final, para os italianos do Montesilvano. «Não existe perfeição no nosso trabalho, mas queremos estar sempre perto da excelência. Ganhámos as três provas nacionais e somos vice-campeões da Europa. Quando falamos disso, ficamos angustiados, porque somos melhores que os campeões da Europa. Fomos burros nesse jogo», destacou.

No decisivo jogo deste sábado, o Sporting esteve a perder por 0-3, mas acabou por dar a volta e reclamar o título no prolongamento. «Isso só está ao alcance das grandes equipas. O meu jogar foi implementado no Sporting, mas agora já não é o meu jogar, é o nosso jogar. O Divanei levou uma cabeçada e foi expulso. Sem um dos nossos melhores jogadores, conseguimos mantermo-nos organizados e passar de 3-0 para 5-3», comentou.

A terminar, Orlando Duarte lamentou o desaparecimento de clubes como a Fundação Jorge Antunes e o Instituto D. João V. «O João Antunes tem sido um doido pela modalidade e não merecia isto. Há equipas que desaparecem, mas há outras a aparecer. Na formação, há cada vez mais miúdos a jogar futsal. A modalidade não está em risco, pelo contrário», referiu.