Dois centímetros tiraram o (belo) gol de Darwin Núñez e reduziram as possibilidades de o Benfica evitar mais um título nacional do FC Porto dentro da Luz.
A vitoriosa campanha da melhor e mais equilibrada e consistente equipe portuguesa da temporada, entretanto, é explicada em outros números infinitamente mais significativos.
Um campeão com 88 pontos: 28 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.
Seis pontos de diferença para o Sporting e 17 para o Benfica.
O melhor ataque: 84 gols marcados. A melhor defesa: 22 gols sofridos.
30 jogadores colocados em campo em toda a competição.
Cinco nomes importantes provenientes da formação: Diogo Costa, João Mário, Vitinha, Fábio Vieira e Francisco Conceição.
Três pilares de posições diferentes: Pepe, Otávio e Taremi.
Um colombiano que foi decisivo na primeira volta e saiu mais cedo para equilibrar as contas do clube: Luis Díaz.
Um herói improvável no jogo da festa: Zaidu.
Um treinador cada vez mais histórico e que conhece como poucos a identidade portista: Sérgio Conceição.
Vivemos (ainda) num mundo democrático, mas também hipócrita. Cada um fala, escreve e pensa o que quer. Porém, os números não mentem.
* Bruno Andrade escreve a sua opinião em Português do Brasil.