José Mourinho. Como não podia deixar de ser o nome do treinador do Chelsea foi pronunciado várias vezes durante a conferência de Imprensa desta segunda-feira, na antevisão do jogo da Liga dos Campeões, no Dragão, frente ao F.C. Porto. O técnico português delegou funções no seu adjunto Steve Clarke para saciar a curiosidade dos jornalistas. «Estou aqui porque queria ter a experiência de fazer uma conferência de Imprensa na Liga dos Campeões e agradeço ao Mourinho esta oportunidade», justificou Clarke sobre a ausência do líder.
Com a primeira curiosidade saciada, eis a segunda parte das dúvidas. Será que o Chelsea vai facilitar por já ter o apuramento garantido? «Mourinho está motivado para vencer, pois, para ele, é um jogo especial». Não é por aqui que irá ceder. «Até porque o regresso a casa dá-lhe ainda mais vontade de ganhar», sublinhou, garantido que o treinador português não pensa nas consequências que podem surgir para o F.C. Porto no caso de ser eliminado: «Ele quer é ganhar. Agora é treinador do Chelsea. O seu desempenho vai ser como nos outros jogos. Ele está a tratar deste jogo como trata todos os outros.»
Mas Mourinho voltou a surgir no horizonte dos jornalistas. Será bem recebido? Steve Clarke avança: «Se o Mourinho fosse campeão europeu pelo Chelsea, seria bem recebido no nosso clube se regressasse ao serviço da equipa adversária». Assunto esclarecido. O treinador adjunto também esclareceu algumas dúvidas sobre o onze que irá subir ao relvado do Estádio do Dragão: «Não vamos mudar a equipa toda. Vamos fazer três ou quatro alterações, mas temos um plantel forte para apresentar uma equipa», considerou, sublinhando que o jogo com o Arsenal, no próximo fim-de-semana, não irá abalar o rendimento dos jogadores.
Mais uma dúvida: por que o Chelsea não treinou no Dragão, naquela que seria a sessão de adaptação da equipa ao relvado? «Ao contrário do F.C. Porto, que jogou na sexta-feira, o Chelsea teve um jogo difícil no sábado [defrontou o Newcastle] e achamos que era importante os jogadores descansarem», sublinha o técnico-adjunto, apesar de um saco de bolas ser bem visível junto do material desportivo que acompanhou a comitiva britânica, quando chegou ao aeroporto. «O F.C. Porto joga em casa e isso será complicado para nós. Mas em termos de classificação, se calhar por estaremos na frente do grupo, poderemos ser favoritos. Mas é preciso não esquecer que defrontamos o campeão da Europa». Um desafio, portanto...