Sete meses depois de ter sido suspenso por apostas desportivas, Nicolò Fagioli voltou a a pisar um relvado com a camisola da Juventus, na vitória sobre o Monza (2-0), no passado sábado. Agora, depois do longo período afastado da ribalta, o médio italiano deu uma entrevista à Gazzetta dello Sport.

«Sei que sou uma pessoa com sorte e que existem jogadores em condições mais dramáticas que a minha. Não tenho o direito de invocar a compreensão, mas também não quero ser hipócrita. Tenho sido engolido por um vazio que não olha para ninguém, não distingue classe social, não recompensa nem absolve com base no talento. Senti-me sufocado», começou por explicar.

Sobre os vários casos de jogadores apanhados a apostar, Fagioli falou especificamente do compatriota Sandro Tonali, do Newcastle United, que tal como ele, foi visto como um «demónio».

«Lamento que alguns jornais me tenham descrito a mim e o Tonali como dois demónios. Só me magoei. Não manipulei partidas e não influenciei resultados. Cometi um erro, joguei em sites ilegais e perdi muito dinheiro. Fiquei enojado e senti-me um idiota», confessou.

Por fim, o médio, que está na pré-convocatória para o Euro 2024, admitiu que não estava à espera de ser chamado, mas que, agora que foi, quer fazer parte da lista final e viajar até à Alemanha com a seleção.

«Eu não acreditava que ia receber uma chamada, mas estava à espera dela. Agora quero dar a minha vida para estar na lista do Campeonato da Europa. Se não conseguir, apoiarei os Azzurri», concluiu.