Metta World Peace era, até há pouco, Ron Artest. Um basquetebolista nova-iorquino, dos Los Angeles Lakers, que ao longo da carreira construiu um vasto currículo de brigas e falatórios pelas piores razões. Quase no final de 2011, tudo mudou.

Aos 32 anos, Artest decidiu mudar de nome e passar a chamar-se Metta World Peace. O novo nome foi agora oficializado pela NBA e será o que o jogador terá inscrito na camisola do Lakers. «Metta, como primeiro nome, significa amizade, amor e bondade. World Peace, de apelido, porque assim toda a gente pode comprar a camisola da Paz Mundial», justificou.

Mas essa «Paz Mundial» é recente. Quando era Ron Artest, World Peace envolveu-se em vários escândalos, por exemplo, de corrupção e confrontos entre colegas de profissão. Em entrevistas revelava sempre algo mais, uma vez admitiu mesmo o seu comportamento anti-desportivo: «Bebia álcool no intervalo dos jogos quando estava nos Chicago Bulls.»

Teve ainda outro pormenor e na própria página oficial: defendeu Tiger Woods, envolvido em escândalos sexuais, dizendo que «só Deus é perfeito» e que ele próprio (que não era visto como exemplo) também já tinha praticado semelhantes comportamentos.

Agora, World Peace quer passar uma imagem diferente. Recentemente admitiu ter sofrido de depressão e, através de uma organização lucrativa que fundou, a XCel University, leiloou o seu anel de campeão da NBA e angariou 285 mil dólares para instituições dedicadas ao tratamento de doenças mentais.

Estrela do basquetebol nos Chicago Bulls, Indiana Pacers, Sacramente Kings, Houston Rockects e desde 2009 no Lakers, espreita o banco de suplentes nesta nova edição da NBA. Mas agora, certamente com mais «Paz Mundial» e ao som dos seus próprios raps.

Ouça um deles, intitulado de «Champion» que refere, entre coisas, «não vão parar-me nunca».