É isso mesmo. O título diz tudo. Desde que chegou à Naval, no verão do ano passado, Marcelinho participou em todos os jogos dos figueirenses para a Taça de Portugal, cinco no total, e apenas num, frente ao V. Setúbal, não marcou. Resultado: a sua equipa foi eliminada. No total, foram cinco golos na época passada nessa prova (quatro jogos), e tendência manteve-se no último sábado, em apenas meia hora de jogo, com o golpe de cabeça certeiro que ditou o afastamento do Boavista de São Mateus em plena ilha do Pico.
Na Taça da Liga, a história repete-se. O brasileiro ficou em branco no ano passado, em Portimão, e a Naval ficou pelo caminho. Já esta época, na mesma prova, frente ao Estoril, fez o gosto ao pé e os figueirenses começaram a temporada a ganhar. Aliás, o camisola 20 navalista picou o ponto em todas as provas até agora, totalizando três golos em sete jogos, quase um golo a cada dois jogos.
«Talismã? Não! Talismã é o onze que vai lá para dentro. Eu não sou diferente. Felizmente, tenho feito golos e ajudado a equipa, mas quando não os faço há outros jogadores que também têm marcado. Temos jogadores de muito boa qualidade», reage, com modéstia, o goleador da Naval.
Marcelinho acredita que poderá ter uma época ainda mais produtiva do que a anterior (10 golos na Liga e cinco na Taça): «É esse o objectivo. Tenho de sonhar com a minha independência financeira, quem sabe saltar para um grande e acautelar o futuro.»
Por falar em grande, o próximo adversário da Naval dá pelo nome de Benfica e o avançado brasileiro quer manter a média e tirar partido do eventual cansaço dos encarnados depois 120 minutos para a Taça de Portugal e uma deslocação , a meio da semana, a Berlim. «O cansaço afecta sempre uma equipa, mas o plantel do Benfica é muito bom e tem jogadores à altura para gerir o esforço. Será um jogo muito difícil, ainda para m ais na Luz, mas se tiver oportunidade não vou enjeitar», promete.
Apreciador da cultura portuguesa
Nas horas vagas, Marcelinho gosta de viajar pelo país com a esposa. A História, os castelos, e a cultura de Portugal fascinam-no: «Já não há quase sítio nenhum onde não tivéssemos estado. A última saída foi a Óbidos. Gostámos muito. Só nos falta conhecer o Algarve, mas quando lá chegarmos, depois, só podemos voltar para o Brasil de novo.»
Diego poupado, Gilmar queixa-se dos gémeos
A Naval retomou os treinos nesta segunda-feira, para preparar a deslocação ao Estádio da Luz. Diego Ângelo, devido a sintomas gripais, não se treinou, assim como Gilmar, que se queixou de dores nos gémeos.
As mazelas não inspiram cuidados, sendo certo que, para já, os únicos ausentes para essa partida serão José Mário (será operado dentro de uma semana) e Igor, devido à expulsão no jogo da Taça de Portugal.