O Nacional regressou aos triunfos depois da goleada sofrida na Luz. A conquista dos três pontos frente ao V. Setúbal (2-1) não foi fácil, pois os madeirenses só conseguiram dará a volta ao marcador quase no final da partida.
Mas a equipa de Manuel Machado mereceu essa pontinha de sorte, pois no segundo tempo o V. Setúbal quase abdicou de atacar. E pagou caro esse encolhimento. Anselmo marcou o segundo golo nacionalista e pela segunda vez esta temporada deu uma vitória à sua equipa.
Manuel Machado apostou em Abdou para lateral direito face às ausências de Patacas e João Aurélio, mas não foi feliz. O técnico alvinegro surpreendeu ao deixar Cléber no banco ficando Luís Alberto como trinco. O V. Setúbal surgiu no sue habitual 4x2x3x1, com Djikiné a médio e Manuel Fernandes manteve a aposta numa defesa com quatro centrais de raiz, dois deles adaptados a laterais.
O Nacional mostrou querer resolver cedo e logo nos primeiros quatro minutos, após dois cruzamentos de Nuno Pinto, na esquerda, Pecnik cabeceou sozinho e falhou, para Mateus o imitar logo a seguir, com Nuno Santos a defender para canto.
Os sadinos reagiram de imediato e o possante Keita tentou a sua sorte de longe mas para defesa fácil de Bracalli. Prometia a partida. E cumpriu. Ao minuto 9, um passe de Kamierczak apanhou Abdou a «dormir» e Hélder Barbosa isolou-se, com Clebão a derrubar o avançado setubalense. Grande penalidade clara, que Keita aproveitou para fuzilar Bracalli.
À terceira foi de vez
Os locais não abanaram e partiram à procura da igualdade, já com Edgar Costa no lugar doe Abdou e Salino a defesa direito. Após mais um bom cruzamento de Ruben Micael, Pecnik uma vez mais em boa posição cabeceou e Nuno Santos fez uma grande defesa.
O terrível Keita estava disposto a fazer estragos nos alviengros e ficou perto de bisar aos 24 minutos, mas Bracalli fez uma defesa notável oferecendo o corpo à bola.
Do outro lado, Pecnik procurava o golo. Num livre directo, atirou forte aos 43 minutos e Nuno Santos sacudiu como pôde. À terceira foi de vez: já em tempo extra, o esloveno cabeceou quase ao nível do relvado após cruzamento de Ruben Micael e empatou a partida, com justiça.
Ao intervalo, para não correr riscos, Manuel Machado substituiu Clebão (amarelado) e fez entrar Halliche.
Mateus deu o primeiro sinal de perigo no segundo tempo, com um remate forte que passou muito perto do poste da baliza sadina.
Edgar Silva voltou a colocar Nuno Santos à prova, com um bom remate, mas o guarda-redes setubalense defendeu para canto. Nesta alturas, os sadinos perdiam atrevimento e já se limitavam a defender.
Anselmo resolve!
Mal tinha acabado de entrar em campo, Anselmo resolveu o jogo. Aos 86 minutos, após um bom passe de Pecnik, o avançado, com um trabalho individual, bateu Zoro e fez o 2-1. O Nacional conseguia finalmente chegar ao golo dando expressão ao natural domínio.
Já em tempo de descontos, um livre muito perigoso, mas Pecnik atirou muito por alto, perdendo mais uma boa situação. Hélder Barbosa também não foi feliz num lance em que escorregou já na pequena área nacionalista e perdeu uma boa situação com Bracalli pela frente. Até final, os pupilos de Machado defenderam como puderam, segurando a vantagem com bolas para a bancada.