O Nacional regressou ao convívio dos grandes do futebol português na temporada de 2002/03. Desde então já conseguiu três presenças em provas europeias, a última das quais na época de 2008/09, sob a liderança de Manuel Machado. Os alvinegros fizeram mesmo história ao afastar o poderoso Zenit entrando na fase de grupos da Taça UEFA.

Agora, sob o comando de um técnico madeirense, Ivo Vieira, os homens da Choupana estão com um pé em mais uma presença na Liga Europa. Se vencerem o Olhanense no domingo à noite e o Rio Ave escorregar (empatar ou perder) com o Benfica, os nacionalistas voltam a fazer festa.

E Ivo Vieira torna-se no primeiro treinador made in Madeira a levar uma equipa às provas europeias. Por isso, o fim-de-semana tem sido de festa, festa essa que os alvinegros querem prolongar após a recepção dos algarvios.

O histórico entre os dois clubes nos jogos na Choupana resume-se ao da temporada transacta, quando os homens de Olhão empataram (1-1), com João Aurélio a marcar para os locais e Carlos Fernandes a empatar. Este último, tal não o poderá repetir pois vai ficar de fora por lesão. Mas Aurélio está entre os convocados.

No entanto, o momento das duas equipas é bem distinto, embora ambas venham de resultados positivos. O Nacional venceu fora de portas a Naval, enquanto o Olhanense empatou em casa com o Benfica. Só que, os pupilos de Daúto Faquirá já não sabem o que é vencer, já lá vão três meses.

Decorridas dez jornadas, após o triunfo conseguido em Leiria por 2-0 a 6 de Fevereiro, os algarvios somaram cinco derrotas e cinco empates. No lado oposto, Ivo Vieira só conheceu o sabor da derrota no dia de estreia em Setúbal. Desde então, dois triunfos e dois empates.

Pior ataque fora de portas e da Liga

A defesa nacionalista quando actua na Choupana é das que menos golos sofre (11) tantos quanto Benfica e o Rio Ave. Melhor mesmo só o FC Porto (8) e Guimarães (10). Pela frente, Bracalli e companhia terão o pior ataque fora de portas e um dos piores da Liga. O Olhanense só marcou por sete vezes como visitante e no global apenas contabiliza 21 golos, os mesmos que o Leiria também já apontou.

A ordem na turma da casa é marcar. Para tal, o treinador chamou muitos avançados, tendo até recuperado Orlando Sá. De fora apenas ficou Pedro Oldoni. Ivo Vieira acredita que têm armas suficientes para garantir o passaporte europeu e ficar em mais uma bela página da história do clube.

Em termos do onze que irá utilizar, com Luís Alberto castigado e com Bruno Amaro de volta, o técnico deve apostar em Todorovic como médio mais defensivo ou então, dar essas funções a Bruno Amaro e lançar uma linha média mais poderosa, com Skolnik na esquerda e Edgar Costa na direita, tendo na frente mais três homens: Diego Barcellos, Mateus e Anselmo.

Com muitas baixas e o recuperado Paulo Sérgio

Daúto Faquirá apenas levou para a Madeira 16 jogadores, já que tem 9 lesionados (Maynard, Suarez, André Micael, Carlos Fernandes, Ismaily, Tiero, Adilson, Carvajal, Dady) e um castigado (Ricardo Batista suspenso por doping).

A maior novidade é a inclusão de Paulo Sérgio que está de regresso após um mês de ausência face a uma lesão muscular. Quem também está de volta é o defesa Maurício (vai ser titular) que já cumpriu um jogo de suspensão. Ao nível do onze face às muitas lesões, Mexer deve actuar como lateral esquerdo.

EQUIPAS PROVÁVEIS

NACIONAL: Bracalli, Claudemir, Felipe Lopes, Danielson e Nuno Pinto; Todorovic e Bruno Amaro; Edgar Costa, Diego Barcellos e Mateus; Anselmo.



OLHANENSE: Bruno Veríssimo, João Gonçalves, Maurício, Anselmo e Mexer; Fernando Alexandre, Delson e Rui Duarte; Jorge Gonçalves, Djalmir e Toy