Ufa, que alívio! Mas os «deuses» ainda não estão convencidos. O Nacional venceu mas sofreu muito para tal. Depois de uma boa meia hora onde se colocou em vantagem, os nacionalistas desapareceram da partida. O Olhanense reagiu e tentou chegar ao empate, mas os seus avançados não conseguiram acertar com a baliza. O empate seria mais justo, mas os locais foram premiados pelo seu empenho e pela forma como defenderam a magra vantagem.

Decididos a vencer. Foi assim que os pupilos de Ivo Vieira se apresentaram em campo. O técnico do Nacional montou a equipa num 4x4x2 losango, com a grande novidade da inclusão de Thiago Gentil.

O Olhanense, fiel ao seu 4x2x3x1, não entrou bem no jogo, dando espaço aos alvinegros para desenvolverem boas combinações pelos flancos, principalmente, com Mateus a levar quase sempre a melhor em velocidade. E assim, o golo surgiu aos 12 minutos, com um bom cruzamento de Mateus a que Elizeu deu a melhor sequência com um remate forte e sem hipótese para Fabiano. Este golo deu expressão ao domínio conseguido até então pelos locais.

Sempre com Mateus em destaque, os homens da Choupana foram criando perigo, mas sem marcar. Fabiano, por duas vezes, desviou remates do internacional angolano.

Com a chegada da meia hora, os homens do Algarve acordaram e começaram a subir mais no relvado sob o comando de Mateus. Este brasileiro, que já passou pelo Estrela da Amadora e V. Setúbal, começou a dar nas vistas. Aos 34 minutos viu Neto cortar com as costas um remate que levava o caminho da baliza. Depois, aos 38, marcou um canto que Cauê cabeceou e quase dava golo.

Dando consistência a uma melhor actuação, o Olhanense esteve perto do empate aos 39 minutos, com um potente remate de Mateus que acertou na barra. Ficaram algumas dúvidas se a bola terá ou não entrado, os pupilos de Daúto Faquirá ainda protestaram o lance, mas nada foi assinalado. Chegou o intervalo, numa partida com alguns bons lances e mais animada nos momentos finais.

Defender o golo com unhas e dentes

No recomeço, foi Luís Filipe a perder uma boa situação, pois após ganhar um lance em velocidade deixou a bola sair sobre a linha de fundo quando tinha companheiros em boa posição dentro da área alvinegra.

O Nacional não conseguia sair para o ataque e Mateus esteve perto de empatar aos 52 minutos, mas o seu remate saiu ligeiramente ao lado da baliza de Marcelo.

Só aos 58 minutos, os locais deram um ar da sua graça. Thiago Gentil lançou Skolnik mas este não conseguiu bater Fabiano que defendeu bem para canto. No lance seguinte, Nuno Pinto rematou forte mas a bola saiu ao lado. Foi o primeiro sinal dos madeirenses no segundo tempo.

Mesmo com as substituições feitas, a equipa local não conseguia melhorar a sua produção. Defendia como podia e espreitava o contra-ataque, mas sem grandes consequências. Faquirá ia arriscando nas substituições mas também via a sua equipa a pecar na hora do remate.

Até ao final, o rumo dos acontecimentos não se alterou. O Olhanense atacava mas não marcava. Os madeirenses defendiam como podiam. E no final, o alívio para os poucos adeptos nacionalistas na bancada, que viram a sua equipa voltar aos triunfos.