*Pedro Lourenço Jorge, estudante da pós-gradução em jornalismo ISCTE/Mediacapital

Há dez anos a seleção portuguesa vivia uma verdadeira «tragédia grega» ao perder em casa o Campeonato Europeu de 2004 por um golo solitário de Angelos Charisteas. A preparação para o mundial começa com um adversário conhecido dos portugueses, a seleção helénica sob o comando de Fernando Santos.

Será esta a melhor maneira de preparar para o Mundial no Brasil?

É em 2004 que o selecionador das quinas, Paulo Bento pendura as chuteiras e inicia uma nova carreira. O então treinador de juniores do Sporting iniciava o trajeto que uma década depois o sentaria no banco da seleção lusitana. Na mesma altura, Fernando Santos orientava o clube leonino. Em 2004 o caminho dos dois selecionadores cruzava-se já Cristiano Ronaldo tinha deixado Alvalade.

Ainda com 19 anos, o bola e bota de ouro fez conhecer o seu talento ao mundo do futebol e emocionou adeptos ao derramar lágrimas na final frente à Grécia.

O miúdo cresceu.

Agora com 29 anos, Cristiano Ronaldo, vem da conquista de uma Champions, encontra-se no pico da carreira e mais maduro. Mas não é o único. Esta é a seleção mais madura em fases finais do mundial. 28 anos é a média dos jogadores portugueses.

Passada uma década, será um bom presságio começar a preparação do campeonato do mundo com um jogo contra quem nos fez a desfeita do Euro2004, aqui mesmo em casa?

A resposta é simples: sim!

Ora vejamos, se a seleção quer atingir metas que não sejam somente «passar a fase de grupos» como afirmou Luís Neto há que ter em vista este «terrível» adversário que não joga um futebol espetacular, mas que também não deixa jogar. Se Portugal quer ter verdadeiras ambições ao título, é por aqui que tem de começar.

Histórico de confrontos

Em 2008 Portugal perdeu contra a Grécia por 2-1, neste que seria o último encontro de ambas as seleções num particular na Alemanha.

O histórico embora que renhido, é favorável aos gregos. A formação de Fernando Santos conta com 5 vitórias frente Portugal. A última vez que a seleção nacional ganhou à Grécia corria o ano de 1996 e foi Oceano de penálti que deu uma das 4 raras vitórias.

Este que é um jogo especial, o último jogo da seleção portuguesa em terras nacionais antes do mundial. Marca a comemoração do 50º jogo das quinas no Estádio Nacional em ano de centenário da Federação Portuguesa de Futebol.

A seleção não jogava, de resto, desde 2003 no Jamor. Os gregos são a primeira paragem rumo à epopeia no Brasil. Uma vitória pode roubar a mitologia grega e pôr os deuses do lado dos «valentes marinheiros».

Equipas prováveis:

PORTUGAL:



GRÉCIA: