Os polícias antimotim do Estado do Rio de Janeiro fizeram esta quarta-feira um simulacro para mostrar a sua preparação para enfrentar manifestações violentas que possam ocorrer durante o Mundial-2014.

O grande evento desportivo deste verão, que começa a 12 de junho e se prolonga até 13 de julho, atrairá atenções de todo o Mundo e será disputado em 12 cidades-sede do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Manaus, Natal).

Cinquenta elementos da força, conhecida como «Batalhão de Choque», simularam diante da imprensa internacional, no Rio de Janeiro, uma manifestação violenta, enquanto outros dos seus companheiros demonstravam a resposta que poderá ser dada, por ar, a pé e em veículos especiais.

No decorrer do simulacro, que foi realizado perto do sambódromo, um helicóptero ocupou-se com a retransmissão em direto das imagens do protesto para uma unidade móvel da polícia, que tem como objetivo um controlo mais eficaz dos manifestantes.

O corpo especial da Polícia Militarizada (PM), formado por mil agentes, mostrou aos jornalistas a sua forma de atuar face a protestos violentos, tendo inclusivamente lançado granadas de gás lacrimógeneo aos manifestantes fictícios e deteve dois deles. Os polícias explicaram também o tipo de materiais que empregam habitualmente para reduzir os manifestantes violentos, tais como gases pimenta, lacrimógeneo e balas de goma.

O comandante do Batalhão de Choque, André Vidal, assegurou que «as rotinas de preparação do corpo estão a intensificar-se com vista ao Mundial-2014», investindo em «mais horas de preparação», embora com o mesmo número de efetivos.

Sobre as possíveis manifestações violentas durante o Mundial do Brasil, que decorre entre 12 de junho e 13 de julho em 12 cidades, o comandante disse prever menos protestos do que aqueles que houve durante a Taça das Confederações, em 2013, embora admitindo que é necessário que a força esteja «preparada para o pior».