Podemos discutir, imagino que sem nunca chegar a uma conclusão, se é mais difícil ganhar o campeonato em Espanha, Alemanha, Inglaterra, Itália, França, Portugal ou Albânia.
Acho que, genericamente, ganhar é difícil em qualquer lado.
Também podemos discutir se vale mais vencer a Liga espanhola, a Liga dos Campeões ou o Campeonato da Europa. Mais uma vez acredito que nunca chegaremos a uma conclusão satisfatória.
Do meu ponto de vista, a unidade justa para comparar treinadores de topo (haverá mais de 50 nomes?) é a que mede o desempenho europeu em provas de clubes: Liga dos Campeões e Liga Europa (antes também a Taça das Taças).
Acho que esta é a medida fundamental se o nosso exercício for comparar José Mourinho com Guardiola, Ferguson, Benítez, Mancini ou tantos outros.
Esta medida permite opinar a partir de factos, o que dá sempre jeito. Taças conquistadas, antes de mais, mas também acesso a finais, meias-finais, quartos-de-final; vitórias, empates e derrotas. Golos marcados e sofridos.
Tudo do isto é factual.
É por ser factual que merece, ainda do meu ponto de vista, ser salientado.
Com a eliminação do Galatasaray, José Mourinho chega pela sétima vez a uma meia-final da Liga dos Campeões. Iguala Alex Ferguson, com uma
ligeira diferença: chega lá com
menos 19 anos do que Alex Ferguson.
Medido em
unidades de sucesso europeu, José Mourinho é sem dúvida o principal candidato a melhor treinador de sempre. A este ritmo, isto que por enquanto, admito, é apenas uma opinião transformar-se-á em breve num facto. Nesse dia teremos de discutir outra coisa qualquer.
Opinião
10 abr 2013, 14:58
Mourinho: os factos juntam-se para fazer dele o melhor de sempre
A carreira de treinador medida em unidades europeias
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