«Contrataram-me para ser treinador e escolher quem joga. Não atiro uma moeda ao ar para decidir. Gosto mais de Diego López como guarda-redes que Casillas, é simples. Gosto mais de um guarda-redes que joga bem com os pés, que domina as saídas e o espaço aéreo. Gosto mais de outro perfil de guarda-redes. Da mesma forma, Iker pode dizer que gosta mais de um treinador como Del Bosque ou Pellegrini. É legítimo. Como treinador tenho legitimidade para dizer que gosto mais deste guarda-redes, e comigo, em condições normais, vai jogar Diego López.» Foi desta forma que José Mourinho voltou a abordar a polémica em torno do estatuto de suplente de Iker Casillas.
O treinador português aceita a contestação, mas mantém-se irredutível na decisão tomada: «Amanhã joga Nacho porque gosto dele, joga Varane, joga Albiol porque acho que o merece. Joga Coentrão porque não tenho outra opção. Aceito que me digam que Casillas é melhor do que Diego López, mas têm de aceitar também que sou eu o treinador do Real Madrid.»
Andrés Iniesta, a meio da semana, saiu em defesa do rival e companheiro de seleção. O médio catalão disse que não entendia por que Casillas não era o número 1 madridista: «Pode pensar o que quer, mas acho que devia preocupar-se
mais com a sua equipa, que, sem Messi, fez o papel que fez na Liga dos Campeões.»
A Mourinho questionaram ainda como viu o seu pedido para contratar Diego López recusado logo no primeiro ano em Madrid. «A culpa não é do clube é minha, enquanto treinador. Não fui forte, e persuasivo o suficiente para conseguir esse objetivo. Não há nenhum problema com o clube nesse aspeto.»