José Mourinho diz que há uma campanha contra si. O treinador fala a propósito da sua atitude no final da Supertaça, quando foi filmado a enfiar um dedo no olho do adjunto do Barcelona. Diz o treinador que as imagens «mostram aquilo que mostram», mas «não mostram aquilo que se foi acumulando e que foi contribuindo» para aquele incidente.

«Como eu dizia anteriormente, há gente que vive bem na escuridão, há gente que trabalha bem nos locais onde se pode esconder, onde se pode falar com a mão a esconder a boca, onde se pode falar na escuridão dos túneis, onde se pode fazer muita coisa sem ser visto. Há outros que, quando o fazem, fazem-no sem esconder e fazem-no de modo a que toda a gente veja», diz, em entrevista à Lusa.

O treinador diz que não quer dispersar-se por esse assunto, preferindo concentrar-se no seu trabalho, mas não abdica de dizer que existe uma campanha contra si, «está bem organizada», mas dá-lhe «um gozo grande». «É uma motivação», acrescenta, explicando que tem de «ir à procura de novas motivações».

A propósito de casos, o técnico explicou ainda os motivos por que não recorreu ao TAS do castigo que lhe foi imposto pela UEFA pela meia-final da Champions com o Barça. «Não recorro. Já tive uma vitória que não esperava, já tive uma vitória que significa muito, muito, muito para mim», afirma, referindo-se à redução da sanção.

A redução tem para Mourinho «um significado tremendo», pois teve «a satisfação pessoal de ver reduzido um castigo que já era proposto aumentar». «Por isso ficamos por aqui. Fico com o prazer de dizer aquilo que lá disse», conclui.