José Mota e Augusto Inácio, treinadores, respectivamente, do Leixões e da Naval, no final da vitória dos figueirenses, em casa, por 1-0, em jogo da nona jornada da Liga:
José Mota:
«O resultado justo era o empate. O jogo foi muito igual para as duas equipas, muito competitivo, mal jogado e de muita luta. A seguir ao golo, a Naval começou a fazer antijogo e o árbitro disse que ia compensar o tempo perdido mas só deu quatro minutos. Dentro desses quatro minutos, ainda houve jogadores da Naval a serem assistidos, mas mantiveram-se os quatro minutos. Não foi por aí que perdemos, mas condicionou-nos. A única vantagem que a Naval teve em relação a nós foi o golo. Só temos derrotas fora de casa? É uma fase normal, pela qual todas as equipas passam.»
Augusto Inácio:
«Acho que, dentro condições do relvado, fizemos um bom jogo, Se calhar, foi o melhor jogo que fizemos em termos de entrega e atitude. Tentámos jogar futebol. Aliás, só houve uma equipa que tentou fazer golos, enquanto o Leixões procurou jogar no erro. Basta ver quantas defesas fez o nosso guarda-redes. Para mim, é uma vitória que peca por escassa e não merecíamos sofrer até ao fim. Não gosto de comentar as opiniões dos colegas, mas vejam quantos amarelos houve e quantas assistências houve aos nossos atletas, provocadas, se calhar, pelo facto de os jogadores do Leixões estarem nervosos. Tivemos vários lesionados devido a entradas agressivas deles, mas soubemos suportar isso e sofrer para ganhar. Só para dar alguns exemplos: o Godemèche poderá ter de fazer uma radiografia ao nariz, o Marinho sofreu um golpe numa perna, e tive de substituir o Kerrouche, que ficou indisposto.»