O FC Porto resgatou o primeiro lugar da classificação ao Sporting depois de uma vitória tranquila em Arouca, mas em que o resultado supera, claramente, o nível da exibição dos tricampeões nacionais. 

Os dragões somaram, assim, o 50º jogo sem perder na Liga e deram a melhor resposta ao desaire da última terça-feira, diante do Atlético de Madrid. As dúvidas, todavia, não terão ficado completamente dissipadas.

Jackson voltou a ser determinante, com dois golos, em momentos-chave, quando a equipa mais precisava, e se o atrevimento da equipa da casa ainda deu para encurtar distâncias, perto do fim, Quintero tratou de repor as coisas no devido lugar. Missão cumprida. Venha de lá o Sporting, na próxima jornada, com Trofense e Zenit pelo meio. 

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Depois de 10 minutos pouco mais que incipientes, com alguns passes errados e outros equívocos, Alex Sandro deu o estímulo de que o dragão precisava para começar a acertar o passo.

Tirou três adversários da frente numa correria e entregou, de bandeja, o golo a Jackson Martinez. Tudo fácil e tudo mais fácil a partir daqui. Os dragões aceleraram finalmente, os da casa acusaram o toque, e o segundo esteve à vista num par de ocasiões. 

Não aconteceu e o FC Porto pareceu começar a desinteressar-se do jogo na exata medida em que os donos da casa voltaram a acreditar e retomaram o atrevimento inicial. Agressivos e pressionantes no meio-campo, tinham ordens para aproveitar qualquer bola ganha para lançar o contra-ataque e não se fizeram rogados.

Claro que sempre que os azuis e brancos resolviam fazer qualquer movimento de rotura era difícil pará-los e só mesmo a velocidade de reflexos de Balliu evitou o pior quando Jackson surgiu ao segundo para finalizar..

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O Arouca voltou a beneficiar de espaço logo no início da segunda parte, mas o livre de Ceballos e o remate de Roberto erraram o alvo. O FC Porto optava então por uma espécie de navegação sem perder de vista a costa.

Era preciso gerir o esforço despendido a meio da semana, também por isso Licá entrou para o lugar de Varela, assim como Ricardo Pereira, dando descanso a Lucho. O controlo foi permitindo afastar o Arouca da área de Helton, numa estratégia com os seus riscos.

Não obstante, Jackson fez o segundo da noite, beneficiando dos problemas do Arouca do lado direito da defesa (Pintassilgo teve de recuar face à lesão de Dias). Otamendi, que tinha subido para um canto, recebe de Herrera, passa o extremo, e centra para o colombiano encostar.

Os portistas pensaram, talvez, que o resultado estava feito, mas Pintassilgo mostrou que os jogos só terminam com o apito do árbitro. Reduziu a desvantagem ao cair do pano, já com Pedro Emanuel expulso do banco, e redimiu-se do lance do segundo tento da noite.

Estava terminado? Não. Quintero, com tão pouco tempo em campo, ainda tinha um trunfo na manga.