A Comissão Médica da Confederação Sul-americana de Futebol recomendou a realização de jogos até aos 4.000 de altitude, desde que haja um período de adaptação.
Numa altura em que a FIFA aumentou o limite para os 2.800 metros de altura, o veto continua a afectar algumas cidades dos países da Comunidade Andina (Bolívia, Peru, Equador e Colômbia). A capital boliviana, La Paz, situada a 3.500 metros sobre o nível do mar, e a cidade peruana de Cuzco, a mais de 3000 metros, não podem receber os jogos de qualificação para o Mundial 2010.
Ivo Eterovic, médico boliviano, explicou que o processo de adaptação, de pelo menos duas semanas, deve ser aplicado também aos jogadores dos países andinos e revelou que, na reunião, houve posições médicas diferentes sobe os perigos da altitude. O médico referiu que o argentino Raúl Madero, presidente da comissão, considera que «subir o limite é definitivamente prejudicial», ao contrário do Brasil, que «foi mais flexível».
De acordo com Eterovic, os sintomas da altitude, como «dores de cabeça, insónias e falta de apetite, podem manifestar-se em alguns jogadores, mas não quer dizer todos serão afectados».
A Comunidade Andina tem agora que apresentar um estudo oficial exaustivo à FIFA, até Outubro, que conclua definitivamente se se pode ou não jogar em cidades situadas a mais de 3.000 metros.