Benni McCarthy partiu esta manhã para Inglaterra, onde selará a transferência para o Blackburn Rovers. No adeus ao Porto, o avançado quis deixar palavras de saudade para a cidade, os adeptos e o clube.
Deixando Portugal logo pela manhã, McCarthy começou por se mostrar renitente em falar enquanto não ficar concluído todo o processo com o Rovers, incluindo os testes médicos, que o sul-africano cumprirá hoje. Daí não deverão vir problemas, no entanto, uma vez que McCarthy cumpriu recentemente uma bateria de exames nos «dragões», para a pré-época.
Depois, o avançado acedeu a prestar algumas declarações, numa conversa com o Maisfutebol em que não escondeu a curiosidade sobre Hesselink, o avançado que os «dragões» querem contratar, nem uma piada sobre uma notícia de jornal que dava o guarda-redes Ricardo na rota do West Ham. «Não me digam que vou continuar a marcar golos a este tipo», disse.
Depois, assuntos mais sérios. «Estava na altura de sair», defende McCarthy, reafirmando que vai cumprir um sonho antigo: «Acredito que tudo me vai correr bem, até porque um dos meus sonhos de criança era jogar no campeonato inglês.»
A seguir, a garantia de que o clube vai ficar sempre na sua memória. «Nunca vou esquecer o F.C. Porto, porque foi sem dúvida a melhor fase da minha carreira. Posso garantir que vou ser um dragão para sempre», afirma, para mais à frente reforçar a ideia: «Já me sinto um portuense, um portista.»
A reforçar a ideia, McCarthy faz uma breve retrospectiva da sua carreira no clube, onde chegou em 2003, numa viagem rápida ao passado em que também não esquece momentos difíceis: «Ganhei uma Liga dos Campeões e sinceramente acho que nunca mais vou ter essa oportunidade. Sempre fui muito acarinhado pelos adeptos, especialmente pelas duas claques do clube, que me pouparam sempre nos momentos mais complicados, ao contrário do que acontecia com outros colegas meus.»
Agora, o futuro. «Sei que em Inglaterra as coisas são muito diferentes, mas já joguei na Holanda e estou preparado para o muito frio que faz no Inverno e para encontrar pessoas mais frias também», antecipa McCarthy.