Evaldo, defesa do Marítimo, já tem aos 23 anos uma bela história para contar, relacionada com o dia em que um certo José Mourinho, na recta final de uma experiência de dois anos na equipa B do F.C. Porto, decidiu dar ao lateral brasileiro a oportunidade de se sagrar campeão nacional, na época 2003/04. 19 minutos foram suficientes para o esquerdino concretizar um sonho, que não não foi afectado pela saída do clube, pouco tempo depois: «Estou grato a Mourinho, fico feliz por ter sido campeão pelo F.C. Porto, foi uma experiência muito boa para mim».
O Marítimo recebou Evaldo, que reecontra agora os dragões, de face transfigurada em relação à «era Mourinho», mas nem por isso menos eficazes. «É verdade que o F.C. Porto está muito diferente, desde essa época. Mas eles ganhavam com Mourinho e, agora, ganham na mesma», afirmou de pronto, em conversa com o Maisfutebol, atirando por terra todos os argumentos que se podiam seguir: «O F.C. Porto até está jogar com três defesas, com poucos jogadores daquela altura, mas tem sempre um grupo forte e muito difícil de vencer».
Apesar do breve convívio com os elementos do plantel principal, foi na equipa B dos dragões que Evaldo cimentou maiores amizades, recordando os nomes de Ricardo Costa, Hugo Almeida ou um jovem em idade de júnior que começava a despontar e que deve cruzar-se agora com o lateral brasileiro no relvado do Estádio do Dragão, no domingo, ao contrário de Ricardo Quaresma, uma dor de cabeça a menos para o jogador do Marítimo: «O Ivanildo tem um grande potencial, é muito veloz e temos de estar atentos a ele, mas não só. O Ricardo Quaresma não joga e isso pode ser bom para nós, especialmente para mim que não o terei de parar, mas há outros elementos capazes de o fazer esquecer».
Evaldo deixa, em tom de aviso, uma garantia: o Marítimo estudou a melhor forma de contrariar a estratégia ofensiva do F.C. Porto de Co Adriaanse. «Temos trabalho bem, precisamos de um resultado positivo no Estádio do Dragão e o treinador tem falado connosco sobre a maneira de ultrapassar essa estratégia de três defesas e muitos homens na frente», rematou.
Descubra as diferenças, da estreia e expulsão de Bonamigo ao onze do F.C. Porto
A 2 de Outubro de 2005, na 6ª jornada da Liga 2005/06, o Marítimo recebeu o F.C. Porto no Estádio dos Barreiros, para um embate que se saldou numa igualdade a dois golos. Em meia época, quase tudo mudou, sobretudo no lado portista. Na formação insular, esse encontro marcou a estreia de Paulo Bonamigo no comando técnico, em substituição de Juca, que ficou marcada pela sua expulsão, a primeira da carreira.
Marcinho (castigado) e Manduca (transferido para o Benfica) marcaram para a equipa da casa, Lisandro López e César Peixoto (lesionado) para os dragões, mas é na constituição e disposição do onze portista que se registam as principais alterações.
No Estádio dos Barreiros, o F.C. Porto jogou num 4x4x2 flexível, onde Jorginho surgia com assiduidade no apoio à dupla de avançados, Ricardo Quaresma e McCarthy. Co Adriaanse escolheu os seguintes jogadores: Vítor Baía; Bosingwa, Ricardo Costa, Bruno Alves e César Peixoto; Ibson, Lucho González, Diego e Jorginho; Ricardo Quaresma e McCartthy. Quantos deles serão titulares no próximo domingo?