O Marítimo dobrou o Celta de Vigo por 1-0, e prepara-se para receber o Benfica, no campeonato, cheio de moral. A equipa madeirense voltou a ser melhor na segunda parte e poderia mesmo ter vencido por outros números.

Depois do primeiro ensaio ibérico com o Las Palmas, o grau de exigência subiu consideravelmente. O Celta, de Luís Enrique, tem classe na posse e circulação, o que torna difícil o jogo do adversário porque raramente comete erros na construção de jogo.

Também por isso, foram espanholas as primeiras oportunidade com Nolito bastante activo no flanco esquerdo . O ex-Benfica, após jogada individual, apareceu na cara de José Sá, mas o internacional sub-20 por Portugal chegou primeiro a bola (8min).

O Celta esteve largos minutos instalado no meio campo verde-rubro, mas sem criar desequilíbrios à defensiva de Pedro Martins. Por isso, a solução encontrada passou pelos remates de meia distância, como testou Krohn-Dehli (23min) obrigando José Sá a aplicar-se.

Com dificuldades em ligar ataques rápidos, os insulares responderam através de um livre cobrado por Artur para o amorti de Danilo Pereira que Igor Rossi, na cara de Yoel, não conseguiu finalizar. Foi, a melhor oportunidade de golo em toda a primeira parte (20min).

Apesar do fogacho, o jogo voltou à normalidade e o Celta voltou a apostar na meia distância de Hugo Mallo (22 e 41min) e na imprevisibilidade de Nolito (31min) de forma a aproveitar alguma intranquilidade do guarda-redes maritimista, mas sem efeitos práticos.

O último desenho do Celta na primeira parte nasceu de uma perda de bola de Danilo em zona proibida que Krohn-Dehli não conseguiu transformar no primeiro para os visitantes (42min). Da parte do Marítimo restou, apenas, uma aceleração de Sami que Danilo Dias aproveitou para visar a baliza. No entanto o remate do brasileiro morreu no corpo de um defensor dos galegos (36min).

 

Marítimo perdeu a vergonha

O jogo baixou de ritmo para a segunda parte, mantedo-se, porém, a matriz do que se havia passado na primeira etapa. No entanto, desta feita, o primeiro remate pertenceu ao Marítimo e teve a assinatura de Rodrigo Lindoso (50min) que obrigou Yoel a dar o corpo ao manifesto. Respondeu o Celta, através de um raide de Augusto que encontrou Welligton a fechar-lhe o caminho do golo (60min).

A partir daqui, o Marítimo perdeu a vergonha e começou a somar oportunidades de golo. Primeiro foi Artur a estar cara a cara com Yoel, mas não conseguiu ultrapassar o espanhol (64min).Seguiu-se uma cabeçada de Márcio Rozário sem direcção (65min) até que Rodrigo Lindoso, no coração da área, com um remate vistoso, fez o primeiro para os insulares (66min).

A corda estava toda do lado madeirense e Rúben Ferreira, na cobrança de um livre, acertou com estrondo no travessão da baliza do Celta (70min). Até final o Celta ainda esboçou uma reação, em busca da igualdade, mas nunca conseguiu ultrapassar a última barreira defensiva dos insulares.E até poderiam ter sido os insulares a festejar, tivesse Heldon mais pontaria sobre o apito 90.

O Marítimo sobreviveu à boa primeira parte do Celta, mostrou organização defensiva e soube esperar pelo seu momento do jogo. Quando essa altura chegou, foi forte e garantiu o triunfo. À atenção do Benfica e de Jorge Jesus.

FICHA DO JOGO

Estádio dos Barreiros, no Funchal

Árbitro: Luís Gomes (Funchal)

MARÍTIMO:José Sá (Welligton, 46m), Briguel, Igor Rossi, Márcio Rozário e Rúben Ferreira; Danilo Pereira (Marakis, 46m), João Luíz (Alex Soares, 83m) e Artur (Rúben Brígido, 82m); Sami (Heldon, 63m), Danilo Dias (Rodrigo Lindoso,46m) e Derley (Gegé, 90m).

Treinador: Pedro Martins.

CELTA DE VIGO: Yoel, Hugo Mallo, Cabral (Javier Rey,72m), Fontás e Toni;  Borja Obiña (Madinda, 38m), Álex López e Krohn-Dehli; Augusto (David, 79m), Nolito (Orellana, 72m) e Charles. 

Treinador: Luís Henrique.

Marcadores: Rodrigo Lindoso (66m) 

Disciplina: amarelo para Fontás (70m), Hugo Mallo (86m)