«Difícil». A única palavra concretamente consagrada ao Nacional na superflash desta manhã, no Olival, pela voz de Mariano Gonzalez. O argentino foi o escolhido para fazer a antevisão da recepção aos madeirenses no domingo, mas as perguntas dos jornalistas foram dirigidas ao que é esperado pelas gentes portistas mais no final do jogo do que durante: os festejos do tetra.
«Os festejos do ano passado são inesquecíveis para os jogadores que estiveram presentes, para toda a gente do clube e os adeptos que lá estiveram. Esperamos um ambiente parecido este ano», assumiu Mariano. «Esperamos sempre ter muita gente connosco. Temos adeptos muito seguidores, que estão em cada jogo, seja onde for e que puxam muito por nós. Para domingo queremos o estádio cheio porque é um momento importante para o clube e para todos os jogadores. Esperemos que nos apoiem forte como até agora», pediu o polivalente argentino.
O número 11 dos dragões traçou uma breve comparação entre as duas temporadas em que vestiu de azul e branco. «Esta foi uma época dura, comparada com a época passada, em que já tínhamos uma grande vantagem antes do Natal. Creio que o início deste ano foi um pouco irregular e a adaptação de alguns elementos foi um pouquito mais complicada, mas o grupo superou todas as dificuldades», lembra Mariano.
A estrutura do clube acaba a merecer elogios por parte de mais um dos seus jogadores: «Este clube tem todas as condições para se trabalhar com tranquilidade e para que cada um seja parte importante na busca dos objectivos comuns. Isso ajudou a solidificar a consistência de jogo e os resultados acabaram por aparecer.»
Depois, o tema do mês: Jesualdo Ferreira. «Não me compete a mim falar [do futuro de Jesualdo]. É um treinador que teve resultados, que conseguiu dois títulos e chegou à final da Taça. Estamos num bom caminho e a lutar pelos objectivos principais. O resto é o clube e o treinador que têm que decidir», vinca Mariano, embora admita que é fã da continuidade. «Para mim, [Jesualdo] é importante porque me ajudou bastante.»
O crescimento da família roubou-lhe a atenção no Chelsea-Barça
O F.C.Porto foi uma das equipas em melhor forma na Liga dos Campeões deste ano e caiu apenas nos quartos de final aos pés do Manchester United, um dos finalistas. Quanto ao jogo entre o Chelsea e o Barcelona, Mariano assumiu ter visto «apenas a parte final.» Os motivos são os melhores: Mariano foi pai esta semana e anda «a correr entre farmácias» em busca de produtos necessários ao bem-estar do rebento.
«Estou com a minha família cá, a minha filha acabou de nascer e ando um bocado ocupado. Vi só o final do jogo», repetiu. Mas do que viu, considera a passagem do Barcelona justa. «Pelo que me pareceu foi uma partida dividida, em que o Chelsea defendeu muito e criou algumas situações de golo e o Barcelona tentou jogar na frente mas teve dificuldades. Acho que foi um resultado justo para o Barcelona por tudo o que fez ao longo da época, foi a equipa que melhor jogou e na minha opinião merecia a final», rematou o argentino.