Marcos é um dos quatro totalistas da equipa do Marítimo, a par de João Guilherme, Fernando Cardozo e Marcinho. No entanto, o guarda-redes foi utilizado os 90 minutos, nas 10 partidas já disputadas pelos madeirenses, sendo igualado nesta questão pelo defesa João Guilherme. O guardião da equipa de Lori Sandri já não sofre golos há 270 minutos e domingo, frente ao melhor ataque da Liga, (Benfica, 18 golos, com 10 fora de casa) o brasileiro vai ser posto uma vez mais à prova e, quem sabe, dar um passo que o aproxime dos grandes.
«Se não sofrermos golos a possibilidade de vencer é sempre maior, mas isso é mérito não só da nossa defesa ou do Marcos, mas de toda a equipa que tem estado a jogar em conjunto e a fazer uma marcação forte», afirmou o brasileiro, não querendo ser o «elo mais forte» da melhor defesa da Liga.
O facto de estar em final de contrato não preocupa Marcos, mas também não lhe abre uma janela para um grande. «Não sei se os clubes grandes têm andado distraídos, mas claro que eu gostava de jogar num deles. Acredito que estão muito bem servidos de guarda-redes. Procuramos sempre o melhor e eu estou feliz aqui, já faz seis anos em Janeiro que estou no Marítimo, sempre com o pensamento de ajudar e procurar algo melhor. Não aconteceu, mas não fico preocupado», disse
Defrontar o Benfica, que vem de um empate, poderá ajudar o Marítimo a manter a invencibilidade que já consegue há oito jornadas? Marcos foi directo: «Achamos que é um bom momento para receber o Benfica porque a nossa equipa está bem, com grande confiança, até pelos resultados. Em relação ao Benfica, independentemente de não ter vencido o último jogo, sabemos que tem muita qualidade, é forte, e merece todo o nosso respeito. Mas temos é de pensar em nós, nos nossos objectivos e no nosso trabalho para que possamos fazer um grande jogo.»
Os pupilos de Quique Flores já marcaram dez golos fora de portas, mas no entender de Marcos «não é só o ataque que é forte e impõe respeito», porque «do guarda-redes até à última linha todos são de alto nível, entra um e sai outro, é complicado», declarou, para concluir: «Temos é de pensar em nós e, com a nossa força, atingir os objectivos traçados pelo clube».