Sete são os pecados capitais, sete são as virtudes, sete são os sacramentos da Igreja Católica. E sete são as notas musicais, as Obras de Misericórdia e as cores do arco-íris. Ah, e sete foram as pragas do Egito.

Este é um número especial, historicamente gravado no senso comum. Vamos então falar do sete ou, se nos permite, do 7. É com esta grafia que ele surge estampado na camisola de Marco Matias.

O número 7 marcou aos 77 minutos da jornada 7 no dia 7. Cruzes credo.

O jogo entre o Vitória, de Marco Matias, e o Marítimo estava amorfo e quase bloqueado, sem mostras de querer desbloquear. Até que o minuto 77 foi talismã para o V. Guimarães, com o número 7, o tal de Marco Matias, a apontar o golo que valeu os três pontos à equipa minhota no jogo de encerramento da jornada 7, realizado precisamente no dia 7.

«Não acredito em coincidências», diz Marco Matias


Parecem setes a mais para ser apenas coincidência. Na primeira pessoa, Marco Matias comentou em exclusivo ao Maisfutebol esta contingência, com um sorriso de orelha a orelha incapaz de segurar uma enorme gargalhada.

«Não, não acredito em coincidências. Acredito em coincidências e no trabalho ser valorizado. Tenho trabalhado para procurar o golo, felizmente este ano as coisas estão a andar da forma como eu quis, foram muitos anos a trabalhar e acho que estou a colher agora os frutos. Estou contente por ter ajudado o Vitória e ter marcado este golo», referiu Marco Matias ao nosso jornal.

Discurso politicamente correto. Mas, o Maisfutebol sabe que o número 7 até é o número preferido de Marco Matias. Normal, a camisola número 7 é também já um manto mítico do futebol. Não tivessem nomes como Éric Cantona, David Beckham, Bebeto, Raúl e os portugueses Figo e Cristiano Ronaldo a camisola 7 como marca.

Mas nem sempre foi possível Marco Matias jogar com o 7 nas costas. Marco começou a carreira sénior no Varzim, por empréstimo do Sporting. Mas na equipa varzinista já a camisola 7 estava entregue e Marco Matias ficou-se com o 11. Seguiram-se novos empréstimos ao Fátima e Real Massamá e uma vez mais o 7 já tinha dono. Marco sujeitou-se ao 9 e ao 14.

Golos, golos, só com o 7 nas costas


Acabou o contrato com o Sporting e foi contratado pelo Vitória Guimarães para ser emprestado ao Freamunde. Também em Freamunde já havia um dono da camisola 7, mas a saída do brasileiro Alonso permitiu que finalmente Marco Matias voltasse a usar o número 7, que já havia sido seu na formação do Sporting.

Uma boa época em Freamunde, com três golos apontados em 21 jogos, valeu-lhe o regresso a Guimarães, clube ao qual estava ligado contratualmente. O destino pregou-lhe nova partida e o número 7 era de João Ribeiro, tendo optado pelo 9. Teve uma época algo irregular, com 8 jogos na equipa B e golos marcados apenas nas Taças.

Até que, esta época, a camisola 7 esteve disponível para Marco. Já se estreou a marcar no principal campeonato português e estreou-se nas competições europeias, tendo já apontado metade dos golos que havia conseguido em toda a época passada em 36 jogos.

Marco Matias é feliz com a camisola 7, é a constatação de um facto. Pode até nem acreditar em coincidências, mas a verdade é que quando o seu número favorito, o 7, está disponível ele não hesita. Pode não acreditar em bruxas, mas...

Tanta crendice em volta deste algarismo levou-nos a pesquisar o lado mais místico do 7. Afinal, o que tem de especial este número? A história responde-nos de forma concludente: muito, tudo!

7 são os arcanjos, 7 são as Leis Universais, 7 são os grandes mensageiros e 70 x 7 é a conta do perdão.