Diego Maradona, seleccionador da Argentina, abriu o coração no decorrer de uma entrevista a Susana Giménez, popular jornalista de um programa de televisão argentino, falando abertamente sobre o seu maior «tabu»: as drogas.

«Dentro de uma semana vão cumprir-se seis anos desde a última vez que tomei drogas...graças às minhas filhas [Dalma e Giannina]. Hoje dou valor a tudo o que tenho», começou por contar o antigo jogador numa entrevista em que chegou a emocionar-se.

«Quando saí da clínica a Dalma contou-me que quando estava em coma a Giannina agarrou-me pela camisola e pediu-me que vivesse por ela, que não importava quem tivesse sido¿que precisava de mim como pai», destacou um Maradona a suster as lágrimas. Diego contou que esse foi um ponto de inflexão na sua vida. Depois disso abandonou definitivamente as drogas, reabilitou-se como pessoa e chegou a seleccionador da Argentina. «Cheguei até aqui», acrescentou orgulhoso.

Foi nesse sentido que a conversa prosseguiu, com Maradona a fazer uma antevisão do Campeonato do Mundo e a falar das difíceis escolhas que tem pela frente nos próximos dias. «É difíci eleger 23 jogadores. Estão todos a jogar muito bem», referiu, contando que vai anunciar esta terça-feira a lista provisória com trinta nomes.

Maradona não esquece que também foi jogador e tem consciência de que ficar fora de um Mundial pode ser uma notícia muito dura, como aconteceu com ele próprio no Mundial-78. «Um jogador espera sempre a lista de cabeça erguida. Eu chorei quando fiquei fora do Mundial-78», contou. O seleccionador da Argentina aproveitou ainda a ocasião para deixar uma mensagem para o mundo da bola: «As pessoas sabem que ninguém pode subestimar os argentinos».

Veja a entrevista de Maradona: