O encontro desta segunda-feira com Aprígio Santos serviu para limar as últimas arestas de um acordo por uma época, pelo que definido o futuro Manuel Cajuda deitou de imediato mãos à obra e começou a trabalhar. «Já estou na Figueira da Foz», conta ao Maisfutebol. «Já estou a ver vídeos e a preparar as coisas para a próxima época». Para trás ficaram dois convites de clubes da Polónia.
Foi aliás por isso que o acordo apenas foi formalizado hoje. Antes de se comprometer com a Naval, o treinador quis ir falar com os polacos. «Fui explicar os motivos pelos quais o interesse no estrangeiro tinha ficado ultrapassado», refere. «Queria ir para o estrangeiro porque não tinha clube, mas entretanto surgiu a Naval». A vontade de ficar em casa falou mais alto. «Sempre disse que só iria para o estrangeiro se os dirigentes não me quisessem cá. Felizmente apareceu um que quis, por isso fiquei naturalmente».
Na Figueira da Foz imagina encontrar um desafio que o seduz. Mais um, entre tantos outros. «É um convite que tem coisas verdadeiramente aliciantes», sublinha. «A Naval tem cem anos de existência e é a primeira vez que vai estar na Superliga, isso confere a este desafio um grau de responsabilidade enorme. Nós fomos escolhidos para ser os treinadores da primeira época da Naval na Superliga, o que é muito bom porque alguém teve a coragem de acreditar que podemos ser importantes neste projecto».
A situação do plantel, com pouca coisa definida e muitas incertezas que acompanham a equipa da época passada, não assusta Manuel Cajuda. «Está atrasado quanto os outros clubes. Há equipas que ainda nem têm treinador», sorri. «Há várias equipas que ainda não fizeram muitas aquisições, a única diferença é que já têm uma estrutura de Superliga e nós não. Mas não é nada de dramático. Há coisas que vou ter de mudar e há coisas que vou deixar como estão». Outras certezas ficam para mais tarde. «Há cinco ou dez dias não fazia ideia que vinha para aqui, só estou agora a tentar conhecer o clube».