Maniche não se conforma com a derrota do Sporting no «derby» (2-0). Formado no Benfica, o médio já visitou muitas vezes a Luz como adversário, mas pese embora o resultado negativo, diz que nunca sentiu que a vitória estivesse tão acessível.

«Senti que este era o jogo mais fácil de ganhar na Luz. O Sporting entrou bem, ao contrário do que se disse. Esteve equilibrado até ao golo. Desequilibrou-se aí, e o Benfica jogou com mais tranquilidade», disse o jogador do Sporting à Sport TV.

Expulso no final do encontro da Luz, por ter atirado uma garrafa para a bancada, Maniche reconhece que cometeu um erro que, garante, não se vai repetir. «Peço desculpa aos adeptos e já pedi aos meus colegas», revelou.

O médio foi suspenso por um jogo e falhou assim a recepção ao Nacional, que terminou com um empate a uma bola. Embora tenha visto o jogo da bancada, Maniche garante não ter existido qualquer desentendimento entre Liedson e Yannick ao intervalo.

Confrontado com o sucesso que André Villas-Boas está a conseguir nestes primeiros meses ao serviço do F.C. Porto, Maniche elogiou as capacidades de alguém com quem trabalhou alguns anos da carreira. «Se pode ser o novo Mourinho? Quem sabe?», afirmou.

«Não vou enviar nenhuma carta para a Federação»

Embora esteja afastado da Selecção há algum tempo, Maniche continua disponível para representar a equipa das quinas, e garante que jamais vai renunciar. «Sei que está na moda, mas gosto muito do meu país. Não sou convocado por opção técnica. Jamais vou recusar a minha Selecção. É um orgulho vestir aquela camisola e representar todos os portugueses. Cada um tem as suas razões, mas eu não vou enviar nenhuma carta à Federação.»

O médio ainda chegou a ser convocado por Carlos Queiroz, mas após ter sido afastado das opções decidiu ter uma conversa com o seleccionador: «Não foi justo comigo. O meu passado na Selecção é forte. Foi com muito trabalho que cheguei à Selecção e me tornei aposta assídua. Dei muitas alegrias. Vendo aquilo que se estava a passar, não achava correcto que nem sequer me levasse para o banco. Achei que era uma falta de respeito, e as coisas resolvem-se a falar frontalmente.»