O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, veio explicar que se a OPA sobre 28 por cento das ações se concretizar o clube fica com a oportunidade de, se o entender, «ter um parceiro estratégico» como sucede, «por exemplo com o Bayern Munique».

O clube lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre ações que estão espalhadas por investidores e, nesta sexta-feira, o dirigente falou sobre o processo.

«Não escondi a ninguém que estou aqui para defender os interesses do Benfica. A obra, os resultados desportivos e financeiros falam por si. A posição que se tomou para defender esta política, para que o Benfica viesse a adquirir os 28 por cento que existe tem a ver com o futuro», começou por dizer, à televisão do clube.

Luís Filipe Vieira afirmou depois: «O Benfica quer reforçar os seus capitais acionistas. Faz parte da estratégia de devolver o Benfica aos benfiquistas. Parece que há um negócio escondido, mas não há. Vamos ficar com 95 por cento de capital no futuro. Há pouca gente que sabe o que o Benfica pode hoje. Poderei dizer eu o Benfica está a fazer o melhor negócio de sempre, porque sei quanto vale a SAD do Benfica.»

O presidente de clube e SAD exemplificou com «o Lyon que teve 20 por cento do clube vendido por cem milhões de euros».

Vieira declarou depois que «se a OPA se concretizar o Benfica passa a tomar decisões por ele próprio e pode vir a ter um parceiro estratégico, se assim o entender, como o Bayern Munique tem a Allianz, a Audi, a Adidas». Ou seja, «o Benfica também pode sonhar» em fazer esse tipo de parcerias.

Colocado perante o cenário de benefício pessoal, Vieira recordou que quando a SAD foi formada ele próprio foi um dos investidores.

«Coloquei quatro milhões de euros no Benfica e o que vier a receber um dia é meu. Esse esse dinheiro é meu, é da minha família», disse.