Ainda nem chegou aos 30 anos, mas já começa a ser uma recordação. Adriano, o possante avançado que nunca mostrou totalmente o que dele se esperava vive, porventura, a fase mais difícil da carreira. Esta sexta-feira completa um ano sobre o seu último golo, precisamente no último jogo que fez pelo Flamengo. A partir daí, começou o calvário.

A 20 de Maio de 2010, Adriano deu a vitória ao Flamengo no jogo com a Universidade do Chile, para a Taça Libertadores. Marcou o segundo logo e assistiu Vágner Love, com um pontapé de bicicleta, no primeiro. O conjunto brasileiro venceu por 2-1, mas acabou eliminado porque tinha perdido, em casa, por 3-2. Adriano despediu-se em grande, para reconstruir a carreira na Europa. Mas não correu como desejaria.

Acabou por ficar de fora do Mundial 2010 e no Roma quase nunca foi opção para Cláudio Ranieri. As lesões foram a praga que faltava. No período que esteve em Itália apenas fez oito jogos. Sempre sem marcar.

Sentindo-se carta fora do baralho voltou ao Brasil, para o Corinthians. Jogada decisiva, numa altura crucial da carreira. Num treino de saltos, rasgou um tendão de um pé. Resultado: cinco meses de paragem, ainda a cumprir pelo avançado.

No meio de tanto azar, o alheamento dos golos parece pormenor. Mas para um jogador que vive deles, nunca será uma questão menos importante. Aliás, o próprio Adriano, quando se apresentou no Corinthians lembrou que «para o ego de um avançado» não é bom ficar «sem balançar as redes». Quando é o próprio quem o diz...

Recorde o último golo de Adriano: