Lino está de malas aviadas para Salónica. O lateral esquerdo parte amanhã de manhã (quinta-feira) para Salónica e passou parte da sua última noite em Portugal em conversa com o Maisfutebol. E entre «as muitas boas recordações» que leva do F.C. Porto, o brasileiro de 31 anos carrega também uma mágoa: a má exibição assinada na derrota por 2-3 contra o Leixões, em pleno Estádio do Dragão.
«A minha temporada ficou marcada por essa noite. Fui substituído quando perdíamos 0-2, ainda na primeira parte, e pareceu para o exterior que eu era o único culpado. Foi o jogo menos feliz que tive com a camisola do F.C. Porto, mas quero esquecer rapidamente o que se passou», referiu o esquerdino, que não se mostra surpreso por esta saída para o PAOK a meio da temporada.
«Passaram quatro ou cinco jogadores pelo lado esquerdo da defesa e era óbvio que o clube queria alguém que se tornasse o dono do lugar. E para entrar um novo atleta teria de sair outro. Acabei por ser eu, mas tinha de sair algum jogador», lamenta Lino, que tinha contrato com o F.C. Porto até ao fim da presente temporada.
«Jesualdo é uma pessoa especial»
Mas o ano e meio de dragão ao peito é feito também de gratas memórias. A melhor de todas, segundo Lino, reporta-se ao jogo com o Fenerbahce no Dragão, para a Liga dos Campeões. «Entrei aos 90 minutos e marquei aos 92. As bancadas ficaram loucas. Sinto que aliviei toda a gente, pois estávamos a vencer por 2-1 e os turcos tinham uma equipa perigosa.»
Sobre Jesualdo Ferreira, Lino só tece considerações elogiosas, apesar de nunca ter sido uma opção consistente do técnico para o lugar de defesa esquerdo. «Ele falou comigo quando surgiu a hipótese de ir para o PAOK e deu-me a hipótese de escolher entre ficar ou partir. Disse-lhe que estava na hora de sair, pois vou ter mais possibilidades de jogar na Grécia.»
Lino fez questão de nos vincar «o comportamento muito correcto e aberto do técnico», uma pessoa que considera «muito especial».