250 minutos. Foi o tempo que o Vitória precisou para marcar no campeonato. Um problema que Pepa perspetivou que se resolveria de forma natural e que acabou por ser desfeito de forma vincada. Goleada (4-0) na receção ao Vizela, quatro golos sem resposta e um filme que parecia ser mais do mesmo.

Apenas ao minuto setenta os vimaranenses efetivaram a sua supremacia traduzindo-a em golo, somando antes disso momentos de assédio aos vizelenses, mas sem afinação. O Vizela ainda assustou com um golo invalidado já na segunda metade, mas sucumbiu nos minutos finais.

Vinte minutos de rotação máxima do Vitória, com quatro golos, dois deles de grande penalidade. Aliás, foi mesmo de castigo máximo que o primeiro golo do conjunto de Pepa saiu. Depois disso, o Vizela não teve argumentos para segurar a avalanche do Vitória, que para além dos primeiros golos garantiu a conquista do primeiro triunfo.

Assédio ansioso sem resultado

Ainda em branco na presente edição da Liga, para além de lutar pela conquista dos primeiros três pontos, o Vitória lutava também contra esse estigma. Alvejar a baliza adversária esteve sempre em mente, até para quebrar esse enguiço, mas a organização do Vizela desde cedo apresentou-se como um entrave.

O assédio da equipa de Pepa foi uma realidade, os vimaranenses atacaram mais e assumiram as rédeas do jogo, mas a ansiedade voltou a ser um obstáculo difícil de ultrapassar, talvez o mais difícil, pelo que as aproximações à baliza de Charles eram pouco acutilantes.

Uma vez mais notaram-se pormenores interessantes, boas combinações e ataques prometedores, mas que não passaram disso. Charles foi várias vezes chamado a intervir, mas o grau de dificuldade não ia sendo elevado, com o guarda-redes a resolver sempre sem sobressaltos.

Do susto à goleada

Em sobressalto e com muita vontade, a entrada do V. Guimarães no segundo tempo foi intensa. O Vizela foi completamente encostado às cordas e Charles viu várias bolas cruzarem a sua área de ação com relativo perigo. Álvaro Pacheco reorganizou as tropas acrescentando a experiência de Claudemir ao meio campo. Claudemir que pôs logo o Vitória em sobressalto, ao lançar Samú para o golo vizelense. Estava, contudo, em posição irregular o médio.

Um susto que se seguiu a uma reta final estonteante do Vitória, que chegou à goleada. O borrego foi morto de penálti, por André André, Estupinan correspondeu depois de cabeça e Edwards, a figura do encontro também faturou de pé esquerdo com um remate cruzado.

Jogo resolvido, o Vizela ainda tentou o tento de honra, mas foi na outra área, com novo penálti, que o Vitória fechou a contagem por Sacko. Uma estreia a marcar do defesa, a selar um primeiro triunfo do Vitória esta temporada na Liga. Um triunfo sem mácula e prometedor, apesar de ser necessário desencravar um jogo que parecia complicado. 36 anos depois, o duelo entre vizinhos foi resolvido com goleada.

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