Álvaro Pacheco dificilmente poderia querer melhor estreia no D. Afonso Henriques no comando técnico do Vitória. Após dois triunfos, viu os conquistadores despacharem o Desportivo de Chaves (5-0) de forma personalizada e com momentos de bom futebol, apesar da intempérie.

Esse é um dado a ter em conta: o jogo desenrolou-se com momentos debaixo de autênticos dilúvios, o que acabou por ser condicionador. Mesmo neste cenário, os vimaranenses estiveram sempre por cima do jogo, controlaram as operações e com golos em momentos chave construíram um resultado folgado.

O golo apontado a dois minutos do intervalo, num lance em que Ygor Nogueira viu o segundo amarelo por cometer falta – a segunda para amarelo sobre Jota Silva – no decorrer da jogada, acaba por desbloquear o jogo.  Minutos depois o Vitória fez o terceiro, já em superioridade numérica, após o primeiro logo aos três minutos.

Jota ligado à corrente, João Mendes sem piedade

O Vitória chegou, portanto, a vencer por três bolas a zero ao intervalo. A marcha do marcador iniciou-se logo aos três minutos. Jota rompeu pela direita e com espaço fez o cruzamento para o médio marcar, sem piedade, à sua antiga equipa. Já tinha deixado o aviso com poucos segundos de jogo disputados, atirando ao ferro. Consumou o aviso pouco depois.

Num período de maior indefinição, na pior fase climatérica, o Vitória teve vários lances para poder ampliar a vantagem, mas ia falhando nos pormenores. Ainda assim, o Chaves, que ainda não tinha perdido para o campeonato com Moreno ao leme, era praticamente inofensivo, deixando a iniciativa do lado da equipa da casa.

Os minutos antes do intervalo acabaram, então por ser decisivos. Em mais uma arrancada de Jota o Vitória arranjou espaço no corredor central, antes de ser derrubado por Ygor Nogueira, com Dani Silva a conduzir o esférico até o fazer chegar a Handel para o segundo golo.

Completamente perdido em campo, o Desportivo de Chaves acusou o golo e a expulsão e, antes de arquitetar qualquer reação, ainda sofreu um terceiro golo antes do intervalo. Depois de estar nos dois golos anteriores, desta vez foi a vez de Jota marcar. Mau passe do guarda-redes Hugo Sousa, a permitir a recuperação a João Mendes, que isola Jota. Na cara do guarda-redes, o extremo apontou um bolo golo.

Quarto a abrir e gestão até final

Moreno ainda operou três mexidas ao intervalo – acrescentou João Pedro, Langa e Sanca ao jogo – mas pouco havia a fazer, face à inferioridade numérica e à desvantagem de três golos. Uma desvantagem que foi ampliada nos primeiros minutos da segunda metade, tornando o período restante penoso para os flavienses.

João Mendes descobriu Mangas – em estreia no campeonato com a camisola do Vitória – na esquerda, subiu bem o lateral e fez o passe com as medidas certas para André Silva encostar na pequena área.   

Após cair na Taça de Portugal o Desportivo de Chaves é goleado em Guimarães. Já nos descontos Manu Silva também marcou, desviou com o ombro na sequência de um pontapé de canto, fechando a contagem na mão cheia de golos.

Mantém-se o histórico, os flavienses nunca ousaram sair de Cidade Berço com um triunfo. Quarto triunfo consecutivo do Vitória SC, o primeiro de Álvaro Pacheco no D. Afonso Henriques.