Vitória de Setúbal e Sporting empataram há menos de uma semana na Liga. Desta vez o cenário tem de ser diferente, nem que seja necessário o recurso a grandes penalidades. José Couceiro e Jorge Jesus deram a sua opinião sobre as grandes penalidades e revelaram o que é preciso fazer para empatar a igualdade no fim do tempo regulamentar.

«Não há muito para esconder. Os treinadores conhecem as estratégias de jogo. Durante esta competição há coisas que vão acontecer e momentos do jogo em que somos surpreendidos. Disso não tenham dúvidas. Com ou sem grandes penalidades, os jogadores de ambas as equipas estão focados em vencer», começou por dizer Jorge Jesus em relação ao que os leões têm de fazer diferente em relação ao jogo do Bonfim.

No que aos penáltis diz respeito, projetando o futuro mas também reportando-se ao jogo com o FC Porto, Jesus elogiou Patrício e disse que não se trata apenas de uma questão de sorte. «Nós sabemos que em caso de empate a decisão são as grandes penalidades. Trabalhamos isso, é um dos fatores que pode acontecer. Quando se ganha nas grandes penalidades não é um fator sorte, o fator sorte está inserido em todo o jogo. O Sporting tem um dos melhores guarda-redes do mundo e que tem alguma queda para defender grandes penalidades, mas não é por isso que descansamos e não pensamos que chegando às grandes penalidades e isto está ganho, não é nada disso. Uma final é uma final», atirou o treinador dos leões.

Em resposta José Couceiro prometeu um Vitória de Setúbal a fazer por marcar e relembrou que Pedro Trigueira na época passada ter defendido uma grande penalidade e a respetiva recarga a Adrien.

«Pode haver empate e ser decidido nas grandes penalidades. É sempre bom que seja um jogo com golos. Este jogo não vai ter a mesma história do jogo anterior. Ninguém pode pensar que vai entrar num jogo destes a pensar levar o 0-0 até aos noventa minutos. Basta ver quantas vezes o Sporting marca golos, o normal é haver golos. Se não pensarmos que nós próprios também temos de marcar não estamos cá a fazer nada. Há jogos em que podemos até nem conseguir respirar, mas não é por opção nossa. Às vezes não se entende isso. Chegando aos últimos minutos do jogo com o jogo empatado, pode-se pensar nisso. Penáltis? Nós ainda o ano passado o nosso guarda-redes defendeu o penálti e a recarga no jogo com o Sporting, do Arien. É claro que preparamos isso. Entrando nos últimos minutos, é natural que as equipas sejam mais cautelosas. Começamos o jogo a querer ganhar com as armas que temos», sublinhou.