A FIGURA: Arruabarrena

Defendeu o penálti de Pedro Gonçalves e voltou a brilhar nos minutos iniciais da segunda parte na resposta a um remate forte de Nuno Santos. Mas não foi só pelas defesas decisivas que fez. Foi também pela segurança patente em quase todas as ações. Repetiu o lado no segundo penálti de Pote, mas aí o avançado do Sporting levou a melhor. Na casa do compatriota Coates, tantas vezes herói, quem vestiu a capa foi outro uruguaio.

O MOMENTO: Arruabarrena nega golo de penálti a Pote. MINUTO 35

Depois de até ter conseguido provocar alguns desequilíbrios nos minutos iniciais, o Sporting passou a sentir mais dificuldades com o avançar do relógio na primeira parte. Pouco depois da meia-hora, os leões beneficiaram de um penálti praticamente caído do céu. Oportunidade para desbloquear o jogo e obrigar o Arouca a sair da zona de conforto, sim, mas só depois de confirmado o golo. Pote escolheu um lado e atirou rasteiro, mas Arruabarrena fechou a baliza e, mais do que manter o jogo trancado, mudou-o.

OUTROS DESTAQUES

Morita: foi a melhor unidade do Sporting no jogo de quinta-feira em Turim com a Juventus, mas neste domingo começou o jogo no banco. Depois de uma primeira parte sofrível, foi lançado em campo no regresso dos balneários e o efeito foi imediato. Pela qualidade que tem, mas também por ter permitido a subida de Pote para a zona onde rende mais. Aos 54 minutos acertou na barra.

Nuno Santos: não estava, de todo, a ser uma das piores unidades do Sporting quando Ruben Amorim resolveu tirá-lo do jogo aos 59 minutos. Pouco antes até esteve perto de fazer o 1-1 e saíram do pé esquerdo dele alguns cruzamentos perigosos na primeira parte e também na segunda, quando levantou para um cabeceamento de Morita à barra.

Diomande: a qualidade que tem é indiscutível. O potencial mais ainda, não tivesse ele 19 anos e já mostrado que não treme em palcos importantes. Mas neste domingo o costa-marfinense teve uma noite para esquecer. Teve um erro fatal no 1-0 de Antony e acumulou passes falhados.

Mateus Quaresma: exibição muito sólida do lateral-esquerdo arouquense. Nunca tremeu perante os opositores nem quando a bola lhe chegou aos pés sob pressão. Definiu quase sempre bem.

David Simão: quando o Arouca tinha bola e procurava chegar à frente em ataque posicional, a bola passava pelos pés dele. Sereno e sagaz na leitura de jogo, formou uma dupla bastante consistente com Oriol Busquets no meio-campo. Os dois taparam os caminhos da baliza de Arruabarrena pelo corredor central.

Antony: num jogo destas características, em que o Arouca apostou essencialmente na organização defensiva, havia que aproveitar as poucas oportunidades que surgissem. E Antony aproveitou a dele, quando Diomande falhou um alívio e deixou a bola à mercê dele. Depois, ainda teve de fazer pela vida para ser feliz. Levar a melhor sobre Adán e suportar a carga de Coates antes de introduzir a bola na baliza leonina.

João Basso e Galovic: formaram uma parede muito sólida. Condicionaram Chermiti e todos os que se atrevessem a aparecer ali na zona deles. Ganharam muitos duelos e foram quase sempre intransponíveis pelo ar. O penálti sobre Pote, muito contestado pela equipa visitante, não mancha a exibição do primeiro.