Figura: Gonçalo Ramos

Pode criticar-se um avançado que faz o golo da vitória? Pode-se. Ninguém rouba o estatuto de figura da partida a Gonçalo Ramos pelo golo marcado, o 17.º na Liga. Porém, o internacional português esteve longe de assinar uma exibição ao nível do que regularmente fez em 2022/23. A primeira parte do avançado do Benfica não foi boa, sobretudo pelas más decisões em situações de superioridade numérica. Mas resolveu a partida e por isso, ninguém se vai lembrar do aspetos menos bons da sua prestação.


Momento do jogo: solta-se o génio de João Mário e Ramos resolve, minuto 47

Depois de uma primeira parte equilibrada, o Benfica chegou à vantagem nos primeiros minutos da segunda parte. Na sequência de um lançamento de linha lateral, João Mário fintou Patrick William e serviu de bandeja Gonçalo Ramos. O avançado ainda falhou a bola na primeira tentativa, mas depois fuzilou Jhonatan e decidiu o jogo.



Outros destaques:

Patrick William: a primeira parte do brasileiro foi de nível elevado. O defesa revelou-se fortíssimo nos duelos e fez uso da velocidade para dobrar Aderllan e Fábio Ronaldo – notável o desarme a Rafa quando era o último homem antes de Jhonatan. Patrick William teve na cabeça a melhor oportunidade dos vila-condenses na primeira parte com um cabeceamento ao poste. O mesmo não se pode dizer da segunda parte de Patrick que foi batido por João Mário no lance que resultou no golo de Ramos. Um castigo demasiado pesado para única falha que cometeu.

Samaris: no reencontro com o Benfica, equipa que representou entre 2014 e 2021, o grego esteve em bom plano. O médio, de 33 anos, beneficiou da pouca pressão a que foi sujeito para ligar o jogo ofensivo dos vila-condenses. Samaris ainda arriscou a finalização e mostrou-se forte nos duelos. Fez um bom jogo e saiu quando Freire quis procurar o empate.

João Mário: esteve discreto na primeira parte, mas num rasgo de génio, desequilibrou o jogo a favor do Benfica. Os grandes jogadores são assim, certo? Basta uma nesga de espaço, um segundo de distração para criarem perigo ou um golo. Foi o que o internacional português fez: driblou Patrick William e serviu Ramos que, à segunda, fez o 0-1.